O Politécnico de Portalegre viu aprovada a sua candidatura ao apoio à eficiência energética em edifícios da administração pública central. Com mais de 2,4 milhões de euros (a que acresce o IVA), a instituição vai intervir em quatro dos seus edifícios, apostando no aumento do conforto térmico e da eficiência energética, bem como na implementação de renováveis.

Com o apoio dos fundos provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no âmbito do financiamento da União Europeia – NextGenerationEU, o Politécnico de Portalegre vai arrancar, em 2025, com quatro projectos de melhoria de eficiência energética. “O objectivo é implementar melhorias significativas, com impactes não só nos consumos de energia e consequentes benefícios económicos e ambientais, como no bem-estar da comunidade académica, dado que é expectável o aumento do conforto térmico nos edifícios abrangidos”, refere a instituição, em comunicado.

À Edifícios e Energia, o Politécnico de Portalegre explica que este processo, que também implica uma “optimização da utilização de recursos” e uma resposta a  “lacunas [que existem] a nível energético”, será alavancado por “um conjunto de investimentos em diferentes tipologias de intervenção”.

Num dos edifícios, nomeadamente naquele que corresponde à Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) e cuja classe energética é D, serão realizadas intervenções a nível da substituição quer “de portas e janelas existentes para outras com características superiores de eficiência térmica”, quer de lâmpadas actuais por lâmpadas LED, da “aplicação de isolamento térmico na cobertura do edifício” e da instalação de uma central fotovoltaica e de sistemas de AVAC.

Na ESECS, será ainda implementado um sistema de gestão de energia para controlar os consumos. “Combinará a informação derivada dos sensores locais e a capacidade de análise integrada de consumos, com possibilidade de controlar – local ou remotamente – e decidir sobre modificações operacionais tendentes a uma utilização mais racional da energia e a reduções de consumos com medidas proactivas e preventivas”, sublinha o Politécnico de Portalegre.

Este projecto na ESECS deverá arrancar em meados de Janeiro de 2025, sendo que a expectativa é de que a iniciativa venha a ter um impacto positivo no conforto térmico dos utentes e de que permita uma “redução de 86 % do consumo de energia primária e uma redução de 88 % de emissões de dióxido de carbono”, avança.

Com objetivos e prazos semelhantes, o Politécnico de Portalegre vai investir em mais dois projectos que irão incluir instalações de AVAC, de uma central fotovoltaica e de um sistema de gestão de energia, e a aplicação de tecnologia LED nas luminárias. Uma das intervenções vai incidir sobre a Escola Superior Agrária de Elvas, com a perspectiva de que seja possível alcançar “poupanças energéticas superiores a 30 %”; e a outra irá ocorrer no campus do Instituto Politécnico de Portalegre (cuja classe energética é C), onde se espera reduzir em “46 % o consumo de energia primária” e em “41 % as emissões de dióxido de carbono”.

Já em Março de 2025, haverá lugar a uma quarta intervenção, desta vez, já na Residência de Estudantes de Elvas do SAS IPPortalegre. Neste caso, serão realizadas medidas similares àquelas que serão efetuadas na ESECS, mas já com uma expectativa de promover, além do conforto térmico, uma diminuição do consumo de energia primária em 71 % e das emissões de dióxido de carbono em 65 %.

A dotação financeira atribuída a estes quatro projectos supera os dois milhões e quatrocentos mil euros (valor ao qual acresce o IVA) e enquadra-se no âmbito do PRR, que prevê o Investimento TC-C13-i02 – Eficiência Energética em Edifícios da Administração Pública Central.