Com o fim dos subsídios às caldeiras a combustíveis fósseis desde o início deste ano, a Europa prepara-se para as retirar gradualmente do mercado através de normas mais exigentes. Países como Áustria e Irlanda já ampliaram proibições, enquanto as bombas de calor ganham terreno.
A legislação da União Europeia estabelece que os Estados-Membros devem planear a eliminação total das caldeiras a combustíveis fósseis até 2040. Desde Janeiro de 2025 que os governos da UE já não podem subsidiar ou incentivar a venda deste tipo de equipamentos.
Enquanto esta acção é posta em prática, a UE está a reforçar os regulamentos relativos à conceção de produtos energeticamente eficientes, o que irá retirar do mercado as caldeiras a combustíveis fósseis, começando pelas menos eficientes.
A Associação Europeia para as Bombas de Calor (EHPA) garante que muitos países europeus já estão a fazer a sua parte, implementando ou alargando as proibições a nível nacional. O mais recente mapa da EHPA apresenta uma visão geral da eliminação progressiva das caldeiras a combustíveis fósseis. Note-se que a associação faz a distinção entre proibições de caldeiras a gás e a óleo em edifícios novos e existentes.

A Áustria alargou a sua proibição a todas as caldeiras a combustíveis fósseis, que anteriormente se aplicava apenas ao gás. Também a Irlanda alargou as suas restrições às habitações residenciais e às caldeiras a gás em novas construções. Já o Reino Unido deverá acabar com as caldeiras a combustíveis fósseis em edifícios novos a partir de 2026. Noutros países, as proibições anteriormente anunciadas já entraram em vigor. Quanto a Portugal, a EHPA não conseguiu obter informação.
Ainda que a EHPA considere que o processo está a ser lento, garante que é seguro dizer que o mercado europeu do aquecimento está a afastar-se dos combustíveis fósseis e acrescentou que as bombas de calor representaram cerca de 28% das vendas de aparelhos de aquecimento ambiente em 2024.
Fotografia de destaque: © Shutterstock











