Apesar de estar a recuperar dos impactos causados pela pandemia de Covid-19, o mercado mundial do ar condicionado ainda não respira de alívio. As principais preocupações, para o curto prazo, estão agora na inflação e nos problemas nas cadeias de fornecimento, apurou a britânica BSRIA.

A informação é apontada no último relatório anual do mercado mundial de ar condicionado (chillers) da BSRIA Worlwide Market Intelligente (WMI), que, apesar de tudo, dá conta de uma recuperação generalizada do mercado de chillers em 2021. Os dados apontam para um crescimento de 9 %, o que permitiu compensar as perdas sentidas durante a fase aguda da pandemia, estimando-se que, em 2022, e à medida que os mercados retomem a normalidade, essa variação seja menor.

Segundo a BSRIA, neste período, a escassez de semi-condutores e de matérias-primas e a subida dos custos de transporte têm acentuado as dificuldades sentidas pelos fabricantes. A pandemia levou a um aumento da procura por equipamentos relacionados com a qualidade do ar interior, ao mesmo tempo que segmentos de mercado como a hotelaria, aviação e comércio registassem quedas significativas, o que provocou “uma lacuna no mercado para produtos não residenciais”.

Outra das tendências observadas pela BSRIA é o aumento das vendas de equipamentos eléctricos para fins de aquecimento e arrefecimento, em particular as bombas de calor/chillers, o que se deveu ao facto de algumas das principais economias mundiais estarem a subscrever compromissos com vista à neutralidade carbónica.

O relatório BSRIA Global Annual Chiller Data Output analisa dados do mercado de ar condicionado em 21 países de todo o mundo, incluindo os principais mercados europeus – Alemanha, França, Espanha, Itália e Reino Unido. Portugal não faz parte desta análise da consultora britânica.