Os arquitectos europeus estão mais preocupados com a sustentabilidade e 57 % já incorpora edifícios de baixo consumo de energia nos seus projectos. A conclusão consta da sétima edição do The Architectual Profession in Europe 2020 a Sector Study, numa análise levada a cabo pela ACE – Architect’s Council of Europe.
O estudo, realizado a cada dois anos, baseou-se nas respostas de 25 600 arquitectos de 26 países europeus, um sector que contribui com 17 mil milhões de euros para a economia europeia e que registou, desde 2018, um crescimento de 4 %. A preocupação com a sustentabilidade e com os edifícios de baixo uso de energia é mais notória em países como Luxemburgo, Croácia e Estónia (embora aqui o estudo só tenha analisado uma pequena amostra), onde as percentagens de arquitectos a usar técnicas sustentáveis em edifícios de baixo consumo de energia ultrapassam os 80 %. Em Portugal apenas 54 % os inquiridos utilizam estas práticas. Já no que concerne aos edifícios de energia quase zero, os melhores resultados foram registados na Irlanda (65 %) e Estónia (5 0%), com Portugal a obter apenas 8 %.
Segundo o estudo, as principais razões apontadas para a utilização de técnicas e conceitos sustentáveis advêm da solicitação dos clientes ou da obrigatoriedade da regulamentação. Para além disso, mais de metade dos arquitectos diz aprender, por si só, os novos conceitos relacionados com a sustentabilidade em detrimento de uma formação formal (ou informal).
Esta é uma tendência que normalmente se associa a edifícios empresariais ou comerciais, refere a mesma fonte. No entanto, o sector residencial continua a ser o predominante na actividade do sector – 54 %. O estudo revela que a maioria (56 %) da receita gerada pelos arquitectos advém de renovações/reabilitações e não de novas construções.