O sector do aquecimento e do arrefecimento, a nível global, continua a integrar de forma lenta as energias renováveis. Esta é uma das conclusões do relatório anual publicado pela REN21, um think thank cujo propósito é promover políticas relativamente às energias renováveis.

De acordo com o documento, apenas cerca de 10 % da energia utilizada no sector do aquecimento e arrefecimento é proveniente de fontes renováveis, o que abre uma grande panóplia de oportunidades neste sector. O relatório não deixa de alertar para os motivos para a fraca aposta neste ramo e que se fica a dever, em grande medida, a um decréscimo das políticas de apoio e incentivos existentes.

Em 2018, apenas cerca de 20 % dos países tinham definidas metas nacionais para o sector. Houve, inclusive, uma redução do número de países com políticas regulatórias para o aquecimento e arrefecimento renováveis, de 21 para 20.

O documento alerta para um certo abrandamento das políticas a nível de energias renováveis no geral, apontando os benefícios, em forma de subsídio, dados aos combustíveis fósseis, em mais de 100 países, e que totalizaram cerca de 300 mil milhões de dólares, impedindo, assim, um desenvolvimento cada vez maior da implementação das energias renováveis.

“Poderia haver um avanço importante se os países eliminassem os seus subsídios aos combustíveis fósseis, que estão a impulsionar a energia suja”, refere Rana Adib, secretária executiva da REN21.