A EASME – Executive Agency for Small and MediumSized Enterprises (Agência Executiva para Pequenas e Médias Empresas) publicou um conjunto de indicações para realizar uma candidatura bem-sucedida ao programa Horizonte 2020 no âmbito da Eficiência Energética, que tem cerca de 120 milhões de euros disponíveis para esta área.

Abertas as candidaturas para financiamento de projectos de Eficiência Energética para as áreas de “Edifícios em Transição Energética” e “Energia Inteligente e Limpa para os Consumidores”, a agência que foi criada pela Comissão Europeia para gerir vários programas da União Europeia no apoio às PMEs lançou uma série de sugestões para ajudar à concretização de uma candidatura bem-sucedida.

A primeira das sugestões passa pelo prazo. A convocatória abriu no dia 16 de Julho e o primeiro prazo termina a 15 de Janeiro de 2020. Restam ainda alguns meses, mas as tarefas a executar são bastantes e complexas, como tal, o trabalho deve começar a ser desenvolvido o mais depressa possível.

A partir daí, devem ser lidas todas as informações relacionadas com o concurso, o que implica não só o Programa de Trabalho como todos os anexos e a informação do Portal do Participante. Todos os pormenores contam e não deve ser descurado nenhum factor, de modo ficar bem definido (e claro) tudo aquilo que se espera de uma candidatura.

Após estes passos introdutórios, deve ser definida a ideia a levar a concurso e estruturá-la o melhor possível, esclarecendo de forma clara alguns elementos fundamentais: o objectivo, os parceiros, o grupo-alvo, uma definição e compreensão do ponto de partida e da situação em que se encontra o mercado e o factor diferenciador para criar impacto.

Para esta primeira fase de candidaturas, os temas definidos são nove, entre os quais “Rumo a edifícios altamente energeticamente eficientes e descarbonizados” ou “Soluções renováveis ​​e energeticamente eficientes para aquecimento e/ou arrefecimento e produção de água quente sanitária em edifícios residenciais com vários apartamentos”. A lista completa pode ser consultada aqui.

Ainda no âmbito das advertências e sugestões, os peritos da EASME referem também que a construção de um bom consórcio é um ponto fundamental, sempre tendo em mente que deve ser o mais consistente e adaptável possível. O candidato deve também ter em consideração a eliminação de algum país, caso não encontre o parceiro indicado, uma vez que a escolha dos parceiros pode pôr em causa a aprovação do projecto ou a sua continuidade.

A elaboração de um orçamento também está contemplado nos pontos considerados imperativos para uma candidatura bem-sucedida, devendo, para isso, ser definidas as tarefas, avaliados os esforços necessários e, por fim, verificada a sua consistência à medida que o Plano de Trabalho vai sendo desenvolvido.

A proposta deve estar elaborada de modo a criar impacto. Para tal, é fundamental que a estratégia de comunicação e divulgação seja clara e espelhe o propósito da proposta. Vale a pena recordar que os formulários de inscrição, assim como o modelo de proposta contêm orientações que podem ser úteis, em caso de dúvidas.

Por fim, a revisão final é fundamental. Verificar se tudo está completo e em consonância com a descrição de actividades e o orçamento. Pedir uma opinião externa para a leitura da proposta e uma revisão do inglês é também uma dica a não descurar.

De recordar que o Horizonte 2020 para a Eficiência Energética fornece apoio à inovação através da investigação e demonstração de tecnologias e soluções mais eficientes em termos energéticos. Das duas áreas agora definidas para financiamento, “Edifícios em Transição Energética” e “Energia Inteligente e Limpa para os Consumidores”, o Programa de Trabalho apresenta um novo foco no que toca ao tema “Edifícios em Transição Energética”, destacando como a descarbonização de edifícios constitui o grande desafio da próxima década. Ao mesmo tempo, refere a EASME, “continua a centrar-se nas tecnologias digitais e inteligentes e no financiamento inovador da eficiência energética, bem como no apoio às autoridades públicas e na garantia da participação activa dos consumidores na transição energética”.