O Indicador de Aptidão para Tecnologias Inteligentes (em inglês, Smart Readiness Indicator – SRI) está a ser amplamente testado na União Europeia (UE). Portugal torna-se, agora, no décimo quinto país da UE com ensaios nacionais em curso para potenciar a eficiência energética em edifícios.
O Indicador de Aptidão para Tecnologias Inteligentes, criado ao abrigo da Directiva sobre o Desempenho Energético dos Edifícios (EPBD), mede a capacidade de um edifício para utilizar tecnologias inteligentes no sentido de melhorar a sua eficiência energética, aumentar a capacidade de adaptação das operações às necessidades dos ocupantes e melhorar a resposta aos sinais da rede.
A fase de testes do SRI em Portugal arrancou oficialmente no início de Novembro e prevê-se que dure até Outubro de 2025. Liderada pela ADENE – Agência para a Energia, a iniciativa será desenvolvida no contexto do projecto SRI2MARKET. O ensaio utiliza a versão portuguesa do serviço de e-learning concebido pelo projecto e a ferramenta de avaliação SRI. São visados todos os tipos de edifícios e zonas climáticas portuguesas e todos os aspectos do quadro técnico para o cálculo do SRI serão testados. Para além disso, poderão ser igualmente avaliadas algumas adaptações específicas para o contexto português: factores de ponderação, definição de domínios obrigatórios a avaliar por tipo de edifício, em linha com o sistema de certificação energética, e coerência com os sistemas SACE.
Portugal é o décimo quinto país da UE em fase de testes do SRI, com o indicador a ser também testado na Áustria, Bélgica (Flandres), Bulgária, Croácia, Chipre, República Checa, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Polónia, Eslovénia e Espanha. Os ensaios em curso estão a abordar desafios de implementação, a recolher feedback de avaliadores e proprietários de edifícios e a examinar a interação do SRI com outros instrumentos, como os Certificados de Desempenho Energético.
Alguns projectos financiados pela UE – como SMART2, EasySRI, SRI2MARKET e SRI-ENACT – têm ajudado no fornecimento de ferramentas de avaliação, a melhorar e normalizar metodologias, a formar avaliadores e a conduzir testes exaustivos em todo o parque imobiliário da UE, preparando uma potencial adopção mais ampla do SRI no futuro.
A Direcção-Geral da Energia da Comissão Europeia já fez saber que está prevista a publicação de um relatório sobre as fases de ensaio para 2026. Os resultados que forem obtidos durante esta fase experimental irão contribuir para a formulação de recomendações sobre a futura aplicação do SRI no contexto dos objectivos globais da UE em matéria de energia sustentável para os edifícios.
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