Mais de 50 organizações, cidades e regiões já assinaram o manifesto Net Zero Carbon Buildings Commitment, lançado na segunda metade de 2018, revelou o World Green Building Council (WorldGBC). O compromisso com a descarbonização do sector dos edifícios até 2050 conta, assim, com mais subscritores.
De acordo com o relatório Advancing Net Zero Status Report 2019, actualmente, 22 empresas ou organizações, 23 cidades e seis estados ou regiões são já signatários da iniciativa. Para Cristina Gamboa, CEO do World Green Building Council, “atingir este marco demonstra que as empresas estão a reconhecer a importância de edifícios carbono zero. E os decisores políticos estão a agir de responsavelmente para com os seus cidadãos, de modo a fornecer edifícios mais eficientes e saudáveis”.
Entre os mais recentes signatários da iniciativa estão a Foster+Partners, um estúdio de arquitectura fundado por Norman Foster em 1967, no Reino Unido; a AESG, uma empresa de consultoria e engenharia com escritórios na Europa e no Médio Oriente; a Local Government Super, da Austrália e cuja missão passa por introduzir as melhores práticas ambientais e sociais no dia-a-dia no “país dos cangurus”; e a canadiana Armstrong Fluid Technologies, empresa reconhecida no desenvolvimento de equipamentos ligados à dinâmica dos fluidos. Entre as mais de 50 entidades que já aderiram ao Net Zero Carbon Buildings Commitment, não se encontra qualquer portuguesa.
As entidades que pretendem aderir ao compromisso têm de cumprir determinados parâmetros e requisitos, tais como a presença internacional (para estimular mercados globais), presença significativa no seu país de origem, capacidade para influenciar o ambiente construído, apresentar altos níveis de emissões de carbono em comparação com um valor médio, entre outros.
O Net Zero Carbon Buildings Commitment foi lançado em Setembro do ano passado e é dirigido a empresas, cidades, estados, etc., que têm intenção de implementar medidas para que os edifícios do seu portefólio sejam livres de emissões de carbono até 2030, e para que, em 2050, todos os edifícios sejam carbono zero. Esta iniciativa pretende ser, desta forma, um caminho de reconhecimento pela luta pela descarbonização do clima, ao mesmo tempo que serve de incentivo a outras entidades para que sigam o mesmo caminho e coloquem em prática medidas semelhantes.