Através da Lisboa E-Nova e da GEBALIS, a capital portuguesa faz parte do projecto europeu CirCoFin — Circular Construction Finance, que, no âmbito do Programa Horizonte Europa, reúne quatro cidades e regiões para promover a economia circular no sector da construção e dos edifícios através da criação de Hubs ou Centros de Construção Circular.
Apesar de estes centros já existirem em algumas regiões, a Lisboa E-Nova refere em comunicado que “os seus objectivos de replicação não foram atingidos”. O CirCoFin pretende então demonstrar o potencial destes centros como “projectos financiáveis em grande escala e proporcionar oportunidades de investimento lucrativas para os financiadores”.
Munique, Copenhaga, Lisboa e uma região da Escócia foram as cidades escolhidas para a criação de quatro novos centros desde a sua conceção física, infraestrutura digital, logística, modelos de negócio, modelos de operação e modelos financeiros, envolvendo o desenvolvimento de planos técnicos, comerciais e financeiros. Estes espaços representam um investimento total superior a 80 milhões de euros e será ainda incluída a criação de um banco de materiais físicos e infraestruturas digitais alinhadas com os requisitos da taxonomia da União Europeia para a construção.
A iniciativa CirCoFin pretende desenvolver um novo modelo de mercado para componentes de construção reutilizados, com base num Hub Físico e Digital, dedicado à reutilização de materiais provenientes de demolições e remodelações.
O CirCoFin pretende ainda servir de exemplo para a replicação em 30 outras cidades e regiões europeias, no âmbito da Circular Cities and Regions Initiative (CCRI), promovendo a adopção da Declaração das Cidades Circulares e da Missão 100 Cidades Inteligentes e com Impacto Neutro no Clima.
Nas redes sociais, a Lisboa E-Nova considerou que a participação da cidade portuguesa neste projecto é “uma oportunidade única para Lisboa dar os primeiros passos no sentido de gerar um impacto real no sector da construção”.
O projecto é coordenado pela Região Metropolitana de Munique, com a Lisboa E-Nova e a GEBALIS como parceiros na capital portuguesa.
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