A EHPA – Associação Europeia de Bombas de Calor divulgou, na segunda-feira, dados preliminares quanto ao número de unidades de bombas de calor vendidas em 16 mercados europeus, incluindo o português, durante o ano de 2022. Segundo os dados avançados, as vendas rondam os três milhões, representando simultaneamente um crescimento de quase 38 % e um novo recorde.

Em 2021, foram comercializadas 2,18 milhões de bombas de calor em 21 países europeus, um crescimento de vendas na ordem dos 34 % em comparação com 2020.  Foi um recorde, mas os novos dados avançados pela EHPA, no dia 20 de Fevereiro, mostram que será ultrapassado em 2022. Através de uma análise preliminar, que ainda só inclui 16 mercados europeus, a EHPA regista já cerca de três milhões de unidades bombas de calor vendidas, indicando um crescimento das vendas anuais de quase 38 % em relação ao ano anterior.

A Polónia é o país, dos 16 já analisados, que apresenta o maior crescimento. Verifica uma subida de 102 %, seguindo-se da Chéquia (+ 99 %), dos Países Baixos (+ 80 %) e da Bélgica (+ 66 %). Do outro lado, com menor percentagem de unidades adicionais vendidas, está Portugal, que registou +17 % de vendas, totalizando 29 969 unidades comercializadas. Além de Portugal, os países onde houve menor crescimento foram a Dinamarca e a França (ambas com + 20 %), a Espanha (+ 21 %) e a Suíça (22 %).

A EHPA avança ainda que este pico de vendas eleva o número total de bombas de calor para aquecimento e AQS para cerca de 20 milhões. “Estão a fornecer calor a cerca de 16 % dos edifícios residenciais e comerciais da Europa”, acrescenta a associação, sublinhando que a aposta nestes equipamentos está a contribuir para as metas do plano REPowerEU, de redução da dependência do gás, e para poupança de emissões de dióxido de carbono para a atmosfera.

Prevendo que o interesse nas bombas de calor se mantenha, considerando a necessidade de descarbonização, a EHPA aproveita para relembrar que está a trabalhar, em conjunto com outros agentes do sector e com a Comissão Europeia, na criação de um plano para estes equipamentos até para se ultrapassarem algumas dificuldades, como a falta de informação, os custos de operação e a escassez de talento.