A procura por serviços e equipamentos relacionados com energias renováveis cresceu em Julho deste ano, uma subida de 137 % em relação ao mesmo mês em 2021. Os dados, divulgados na segunda-feira, dizem respeito a uma análise levada a cabo pela aplicação Fixando, que constata ainda um resposta insuficiente do lado da oferta.

Mais procura, mas oferta insuficiente – é o estado do mercado de serviços e equipamentos relacionados com energias renováveis em Portugal, de acordo com uma análise da plataforma on-line de contratação de serviços especializados Fixando, realizada entre dia 1 de Julho e dia 25 de Agosto de 2022, junto de 2 600 utilizadores e 1 200 especialistas. Em Julho deste ano, a procura subiu 137 % em relação ao mês homólogo em 2021, mas 55 % dos pedidos feitos nesse mês, através da Fixando, ficaram sem resposta.

“Ainda que, desde o início do ano, o número de empresas e especialistas a oferecerem serviços relacionados com Energias Renováveis e Sustentabilidade tenha crescido 19 % face a 2021, menos de 10 % estão disponíveis de momento para aceitar novas marcações”, sublinha a Fixando, em comunicado.

Para a empresa, a subida na procura tem sido alavancada pelo aumento dos preços do gás e da electricidade. “As famílias estão cada vez mais preocupadas com as variações nos custos das energias e procuram investir em alternativas”, destaca Alice Nunes, directora de Novos Negócios da Fixando, que revela que o foco está em receber “algum alívio nas despesas mensais”.

Com a procura em alta e a escassez de oferta, há, no entanto, um aumento dos preços destes equipamentos: “a instalação de painéis solares em 2021 custava 420 euros por serviço e, actualmente, ronda os 590 euros por serviço, ou seja, uma progressão de 40,5 %”, revela a Fixando. Ainda assim, a entidade estima que a procura continue a aumentar e que, em 2022, se atinja um crescimento de 180 % face a 2021.

Na análise em questão, o aumento de solicitações verificou-se mais intensamente em Lisboa (17 %), Porto (15 %), Setúbal (10 %), Aveiro (9 %), Braga (8 %) e Leiria (8 %). Observou-se ainda que a larga maioria (89 %) dos pedidos diz respeito a áreas superiores a 100 metros quadrados. Quanto aos painéis solares, 25 % dos pedidos são para ter uma ligação própria, mas 42 % prefere ter uma ligação à rede.