No seguimento da 25.ª edição das Jornadas de Climatização e Refrigeração, Odete Almeida, da Comissão de Especialização em Engenharia de Climatização e Refrigeração da Ordem dos Engenheiros, considera que o evento é “um marco de particular relevância para o sector” e sublinha a partilha de conhecimento e o alinhamento estratégico com os desafios da sustentabilidade. 

“Num contexto em que as questões da eficiência energética, da descarbonização e da qualidade do ar interior se afirmam como prioridades incontornáveis, este encontro voltou a demonstrar a sua pertinência enquanto fórum privilegiado de reflexão técnica e estratégica”, destacou Odete Almeida à Edifícios e Energia. 

Duas décadas e meia se passaram desde o início desta iniciativa e a ambição continua a ser acompanhar a evolução do sector, adaptando-se às exigências tecnológicas, regulamentares e ambientais: “A edição deste ano reforçou essa trajectória, oferecendo uma visão abrangente dos desafios actuais e das oportunidades que se abrem para profissionais, empresas e instituições de ensino e investigação”, acrescentou a coordenadora da Comissão de Especialização em Engenharia de Climatização e Refrigeração da Ordem dos Engenheiros. 

Com a presença de oradores nacionais e internacionais, intervenções técnicas especializadas e mesas-redondas, no Auditório da Sede Nacional da Ordem dos Engenheiros cruzaram-se perspectivas complementares desde a inovação em equipamentos e sistemas até à implementação de políticas públicas alinhadas com as metas climáticas europeias. “O balanço é, por isso, muito positivo. Para além da qualidade científica e técnica das apresentações, destacou-se o envolvimento dos participantes, revelador da vitalidade e do dinamismo do sector”, salienta Odete Almeida. 

Um programa centrado no futuro dos edifícios 

Com o tema “Estratégias para Edifícios de Zero Emissões com Elevada Qualidade do Ambiente Interior”, a edição deste ano ocorreu em torno de três eixos para o futuro da climatização e da refrigeração: descarbonização do ambiente construído, inovação tecnológica e integração com políticas urbanas e europeias, em particular no quadro do Pacto Ecológico Europeu e da revisão da Directiva da Eficiência Energética dos Edifícios. 

“O grande ponto alto desta edição residiu na articulação entre ciência, investigação, regulamentação e prática industrial, que convergiram para criar um espaço de debate capaz de afirmar os sectores da Climatização e Refrigeração como protagonistas da transição energética, da garantia da qualidade do ar interior e da construção de um futuro verdadeiramente sustentável”, conclui a engenheira. 

Fotografia de destaque: © Ordem dos Engenheiros