Qualquer processo de análise científica tem um período de experimentação, mas, na construção de edifícios eficientes, nem sempre tal é possível. Ainda assim, foi precisamente o que a empresa VELUX Itália fez, ao construir o VELUXlab, um laboratório experimental com necessidades quase nulas de energia (NZEB – Nearly Zero Energy Building) na Universidade Politécnica de Milão. O projecto teve início em 2011, mas o seu desenvolvimento tem sido constante e a mais recente novidade passa por uma nova cobertura, que inclui uma zona verde.
O VELUXlab é o primeiro edifício experimental com necessidades quase nulas de energia construído num campus universitário em Itália. Este laboratório de investigação sobre eficiência energética e inovação no sector de construção é também o primeiro exemplo em Milão de um Active House Building (a certificação atribuída pela Active House Alliance a edifícios confortáveis e sustentáveis).
Assim, o VELUXlab é um protótipo de um edifício de alta eficiência energética que pretende ensaiar e estudar, num exemplo real, o desenvolvimento sustentável no desenho, gestão e manutenção dos edifícios do futuro. Com a classificação energética A+, este edifício está em experimentação contínua. A mais recente intervenção passou pela cobertura, de 105 m2, que recebeu três acabamentos diferentes: uma área verde, uma zona de painéis fotovoltaicos e, por fim, uma parte estética visível que é mais criativa e original. Coberto com uma membrana da RENOLIT, a ALKORPLAN SST, equipada com a tecnologia Solar Shield, o revestimento é reflexivo, graças a uns “pigmentos frios” especiais, que protegem a superfície externa de ciclos de temperatura extrema, reduzindo, assim, o processo de envelhecimento. Foram também instalados painéis sanduíche, com núcleo de poliuretano, o que permite melhorar o isolamento térmico do edifício, além de um sistema fotovoltaico de 2 kWp.
A instalação da cobertura verde no VELUXlab, uma vez que contribui para fomentar a absorção de CO2 e para filtrar o ar, assim como para optimizar o isolamento térmico e acústico do edifício, poderá ser uma forma de desenvolver a utilização deste tipo de coberturas, consideradas cada vez mais essenciais tanto para os edifícios como para as cidades. A cobertura verde instalada é de inclinação variável e a sua construção foi feita com o sistema GreenRoof da Isopan. A solução é composta por 31 painéis isolantes de poliuretano ISODECK PVSteel, que se caracterizam pelo colaminado da já referida membrana, de revestimento externo sintético impermeável com 40 mm de espessura, da Renolit. Na maior parte desta cobertura, foram aplicadas camadas de “Crasulácea sedum”, um tipo de plantas idóneas para a construção de coberturas extensivas, além de um substrato específico e vegetação autóctone. Por fim, para a instalação de um sistema de recolha e drenagem de água (da Daku), foram soldados perfis metálicos de contenção na camada sintética colaminada aos painéis.
