O Lisbon Energy Summit & Exhibition 2024 está a decorrer na Feira Internacional de Lisboa (FIL) e, na segunda-feira, a abertura foi assegurada pela ministra do Ambiente e Energia, que aproveitou a ocasião para falar sobre a estratégia do Governo para as energias renováveis. A eficiência energética nos edifícios foi anunciada como sendo parte da lista de prioridades do novo executivo. 

No dia 27 de Maio teve início o Lisbon Energy Summit & Exhibition, e sendo considerado um dos principais eventos de transição energética da Europa, tem recebido participantes dos quatro cantos do mundo. Esta cimeira conta com o apoio do Ministério do Ambiente e Energia e foi a governante que tutela estas áreas, Maria da Graça Carvalho, que deu o “tiro de partida” com um discurso de abertura na segunda-feira.  

Ainda antes de acontecer, já a ministra tinha levantado o véu relativamente ao seu discurso através de um comunicado: “irei partilhar algumas novidades sobre a estratégia do Governo português para as energias renováveis e anunciar iniciativas futuras. Espero dar as boas-vindas a alguns dos mais conceituados profissionais do sector da energia em Lisboa, onde iremos promover parcerias e colaborações com toda a Europa para impulsionar a expansão de infraestruturas transfronteiriças e mercados de energia limpa, que serão fundamentais para o novo sistema energético. Encorajo o sector da energia a juntar-se a este debate para identificar os avanços necessários para ultrapassar a escala, a complexidade e a urgência da transição.” 

Foi através do discurso de abertura desta cimeira que a ministra falou pela primeira vez sobre a estratégia do governo em matéria de energias renováveis e sobre quais serão as iniciativas previstas pelo novo executivo. A responsável pela tutela da Energia e do Ambiente considera que o solar descentralizado será “uma forma de empoderar os consumidores”. Neste sentido, adiantou que o novo governo vê como uma prioridade a promoção da energia solar fotovoltaica – o que inclui projectos de menores dimensões – e pretende simplificar e agilizar o licenciamento deste tipo de iniciativas. 

Falando em licenciamentos, Maria da Graça Carvalho anunciou durante a sua intervenção que será lançada “muito em breve” uma consulta pública por parte da Estrutura de Missão para o Licenciamento de Projetos de Energias Renováveis (EMER) 2030, que irá recolher ideias e críticas sobre o licenciamento em Portugal, com o objectivo de melhorá-lo. 

A eficiência energética dos edifícios, o combate à pobreza energética e a promoção da integração de Portugal no mercado energético europeu, com a criação de mais interconexões, são também alguns dos tópicos que fazem parte da estratégia do governo. 

A ministra adiantou ainda que os trabalhos de revisão do Plano Nacional Energia e Clima (PNEC) deverão estar finalizados no final de Junho. Posteriormente, entrará em fase de consulta pública. Segundo palavras da governante, o PNEC trata-se de um plano ambicioso que antecipa as metas de neutralidade carbónica para 2035.   

Após três dias de conferências e palestras dedicadas a grandes temas como a transição do sistema energético europeu e a energia verde, a 2ª Edição do Lisbon Energy Summit & Exhibition fecha hoje as portas. 

Fotografia de destaque: © Ministério do Ambiente e Energia