O Photovoltaic Geographical Information System (PVGIS) trata-se de um sistema através do qual os utilizadores podem estimar o potencial de produção de energia fotovoltaica practicamente a partir de qualquer parte do mundo. 

Com o uso crescente da energia solar enquanto alternativa à energia proveniente de combustíveis fósseis, é relevante perceber até que ponto a instalação de painéis fotovoltaicos pode ser vantajosa, nomeadamente no telhado das nossas casas. Para dar resposta a esta questão existe o Photovoltaic Geographical Information System (PVGIS, em português, Sistema de Informação Geográfica Fotovoltaica). Esta ferramenta permite determinar a viabilidade de projectos fotovoltaicos com base em dados de radiação solar. Esses dados são fornecidos pelos satélites da Organização Europeia para a Exploração de Satélites Meteorológicos (EUTMETSAT). 

Assim, o PVGIS estima a quantidade de energia que os painéis solares instalados num determinado local produziriam, sendo que é possível selecionar practicamente qualquer parte do mundo. É apresentada uma grande quantidade de informações, tais como dados mensais, diários e horários para diferentes tipos de painéis solares, bem como a produção média de energia a longo prazo de um sistema fotovoltaico instalado num determinado local. 

“Quando o PVGIS foi introduzido pela primeira vez, incluía apenas dados de estações terrestres, portanto, embora a radiação solar em algumas áreas pudesse ser estimada com muita precisão, para outras áreas, como aquelas entre estações terrestres, as medições tiveram que ser interpoladas”, refere Christine Traeger-Chatterjee, do departamento de User Support & Climate Services da EUMETSAT, no site desta organização. 

A precisão dos dados era considerada “muito irregular”, especialmente em áreas onde o terreno era mais complexo. Entretanto, “graças à inclusão de dados de satélite, isto melhorou muito”. 

A utilização do PVGIS tem registado um aumento ao longo dos anos. Em 2023, mais de 6 milhões de utilizadores únicos utilizaram esta ferramenta (aumento de 11 % em relação a 2022), foram pedidos mil milhões de dados (aumento de 27 % em relação ao ano passado) e mais de 200 TB de dados foram distribuídos.  

Tendo em conta esta evolução, é descrita a necessidade e a responsabilidade de continuar a fornecer dados com uma precisão ainda maior. Embora os dados actuais para a região que abrange a Europa, África, grande parte da Ásia e leste da América do Sul provenham do período que vai de 2005 a 2020, Traeger-Chatterjee sublinha que o fornecimento dos dados mais recentes ao PVGIS está em curso.

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