No início da semana, a Comissão Europeia divulgou os resultados do último Eurobarómetro, que aponta para um apoio alargado dos europeus à transição energética, sobretudo à aposta nas energias renováveis.
Durante o mês de Junho, foi conduzido o inquérito Spring 2023 – Standard Eurobarometer a mais de 26 mil cidadãos europeus dos vários Estados-Membros. Os resultados, divulgados pela Comissão Europeia no dia 10 de Julho, mostram que 85 % destes cidadãos consideram que a União Europeia deve “investir de forma massiva nas energias renováveis, tais como a energia eólica e a energia solar” – em mais detalhe, 50 % dos inquiridos concordam totalmente com este investimento e 30 % tendem a concordar.
Mais ainda: 79 % dos participantes concordam, total ou parcialmente, com a ideia de que, “no longo prazo, a energia renovável pode limitar o preço que se paga pelo consumo de energia”.
Naquilo que a Comissão Europeia caracteriza como um “largo apoio à transição energética”, também há lugar à percepção de que “aumentar a eficiência energética dos edifícios, do transporte e dos bens nos tornará menos dependentes de produtores energéticos fora da União Europeia”. Esta ideia é relatada por 82 % dos inquiridos e reflecte, segundo a Comissão, a aprovação das medidas europeias no sentido da independência energética, muito alavancadas pela guerra na Ucrânia.
Sobre esta última questão, aliás, também 82 % dos inquiridos consideram que “a União Europeia deve reduzir a sua dependência de fontes de energia russas tão rapidamente quanto possível” e 81 % dizem que “reduzir as importações de petróleo e gás e investir em energias renováveis é importante para a nossa segurança em geral”.
Quanto à adopção de medidas de redução de consumo de energia pelos próprios cidadãos, 78 % dos inquiridos responderam que têm tomado acções para o fazer ou que planeiam fazê-lo num futuro próximo.