Foi celebrado, ontem, um protocolo de cooperação e colaboração entre a ADENE – Agência para a Energia e a Associação Nacional de Peritos Qualificados do Sistema de Certificação Energética (ANPQ). Através deste acordo, as duas entidades pretendem estar mais articuladas, por exemplo, na revisão da Directiva do Desempenho Energético dos Edifícios (EPBD), na optimização de ferramentas, no reforço de competências e, em última análise, na promoção da eficiência de recursos e a melhoria do parque edificado.

Graças ao protocolo assinado, ontem, pelas duas entidades, a ADENE vai promover acções de formação de reforço de competências dedicadas aos peritos qualificados, “beneficiando os associados da ANPQ de um desconto de 25 % nos referidos cursos, sendo aplicado, nas restantes acções de formação da Academia ADENE um desconto de 10 %”, lê-se no documento.

Como aposta na formação, e também na promoção e divulgação da actividade dos peritos qualificados e dos resultados alcançados pelo Sistema de Certificação Energética dos Edifícios (SCE), a ADENE e a ANPQ irão articular-se também no sentido de implementarem iniciativas conjuntas nesta área.

No geral, o protocolo de colaboração terá também como um dos principais resultados o reforço do diálogo e da partilha de informação já existentes, referem, em comunicado, Nelson Lage e Carlos Oliveira, que presidem a ADENE e a ANPQ, respectivamente.

“Através da ANPQ, temos recebido contributos e sugestões de melhoria para o SCE e para a actuação dos técnicos, também ao nível de informação e documentação técnica. Reciprocamente, temos informado previamente a ANPQ de actualizações, evoluções e melhorias implementadas no SCE”, sublinha Nelson Lage, presidente da ADENE.

Essa relação de maior proximidade prevê também a “promoção de recolha de contributos e participação em reuniões de trabalho associadas à futura revisão regulamentar aplicável aos edifícios decorrentes da nova EPBD”, bem como, por exemplo, o teste e a optimização de processos, procedimentos e ferramentas de trabalho a que peritos qualificados recorrem.

A par destas questões, explicam as duas entidades, a ideia é promover iniciativas que visem a eficiência de recursos – energética e hídrica -, o desempenho energético, a certificação energética dos edifícios e a melhoria do parque edificado, incluindo a eficiência climática dos edifícios e a gestão dos consumos intensivos de energia, por exemplo.

O protocolo de colaboração vigora, desde a data de assinatura, por um período de três anos, podendo ser renovado automaticamente por igual período se não houver denúncia por qualquer uma das duas entidades.