Atualmente, vivemos o paradigma da transição energética, alimentado pela necessidade de reduzir a pegada ambiental e cimentado, agora, pelo contexto internacional, no qual a origem da energia, as constantes disrupções no seu fornecimento, em alguns casos, até escassez, e a especulação dos preços criaram incertezas e apressaram a tomada de decisões, que nem sempre são a escolha acertada.
A “energia verde” e as “renováveis” têm hoje muita influência nas decisões que tomamos, principalmente quando existe a necessidade de reduzir custos com o conforto doméstico ou de instalar ou atualizar o nosso sistema de climatização e águas quentes. A pressão e a tendência generalizada para a promoção e o incentivo do tipo de soluções que se enquadrem nessa semântica podem, por vezes, esconder os sistemas que são mais eficientes e flexíveis no uso e na manutenção e cujo tempo de vida útil é mais alargado.
Sem pôr em causa a necessidade de caminharmos para soluções renováveis e ou alimentadas por energias “limpas” ou com baixo impacto ambiental, a verdade é que, ainda hoje, e por analogia, o automóvel elétrico não é a solução para a mobilidade de todos. Há um caminho de transição a percorrer, em que muitas das soluções hoje disponíveis se poderão tornar obsoletas, não se adequando às reais necessidades existentes ou sem trazer o custo-benefício esperado.
As opções deverão ser encaradas de forma abrangente, isto é, pesar as variáveis que a compra de um produto acarreta, se a tecnologia empregue está comprovada e amadurecida, qual a relação custo-benefício e, particularmente, por quanto tempo esta tecnologia se irá manter no mercado e se se pode adaptar a novos desafios energéticos. Por desafios energéticos podemos elencar a disrupção no fornecimento de gás a nível mundial, o consequente aumento da energia elétrica – já que hoje esta é, e muito, ainda produzida a partir do gás –, as crescentes restrições legais à utilização de combustíveis fósseis. Assim, havendo tantas variáveis que determinam qual a melhor solução, é importante perceber antecipadamente quais necessidades a que se pretende responder, quais os custos decorrentes com a energia do produto selecionado, a curto e médio prazo, e com as suas aquisição e instalação, e, por fim, qual a fiabilidade da solução e sua longevidade com baixos custos de manutenção. Será com estes pressupostos que se poderá formular a solução com a melhor relação custo-benefício.
Nesta fase de transição energética, é difícil perceber, a médio prazo, como o custo da energia vai evoluir, mas sabemos que restrições e medidas de mitigação de impacto ambiental não são favoráveis aos combustíveis fósseis. Dessa forma, a opção por soluções renováveis com tecnologia de bomba de calor são um garante, mas é preciso ter em atenção qual o fluído frigorígeno empregue. Se o R410A tem já um fim à vista, teremos de esperar que o mesmo aconteça rapidamente no R134A e, mais tarde, no R32. É por esse motivo que o Grupo Vaillant foi pioneiro e desenvolveu soluções baseada no R290, um gás natural com impacto ambiental praticamente nulo e que permite obter prestações de alta eficiência.
Por um lado, será que os combustíveis fósseis devem ser completamente descartados? Nesta fase de transição, talvez ainda não seja essa a solução, até porque soluções híbridas (por exemplo, caldeira de condensação a gás + bomba de calor) permitem obter prestações muito interessantes e económicas. Para as soluções híbridas, a Vaillant desenvolveu um sistema de gestão de três níveis, Vaillant triVAI, que, num sistema com várias fontes de energia, inserindo os diferentes custos da energia e respetivos tarifários, tem incorporado um algoritmo que, através da leitura das diversas temperaturas exteriores e num determinado espaço temporal, consegue gerir o funcionamento do sistema, sempre com elevada eficiência e ao menor custo, sem nunca comprometer os mais altos níveis de conforto.
Por outro lado, a curto prazo, será dado um novo passo nas energias disponíveis, com a introdução do hidrogénio verde (assim designado por ser produzido a partir de energias renováveis) na rede de fornecimento de gás natural. Se inicialmente a proporção será de um para cinco, isto é, 20 % de hidrogénio na mistura com gás natural, a expectativa é, em breve, evoluir para a injeção de 100 % na rede que anteriormente era de gás natural. Dessa forma, a tecnologia de condensação, com provas dadas e fiabilidade assegurada, além de grande flexibilidade na produção de aquecimento e águas quentes, passa a ser mais uma solução nas opções disponíveis. O Grupo Vaillant, que tem na sua essência a produção de aparelhos a gás e é hoje líder mundial no desenvolvimento e produção destes produtos, tem já as caldeiras de condensação da gama Vaillant ecoTEC plus certificadas para funcionarem com uma mistura até 20 % de H2, sendo que, até 2025, todas as gamas serão compatíveis com 100 % de hidrogénio.
É, sem dúvida, nesta dinâmica de evolução que as decisões e opções em matéria de energia e da forma que a usamos devem ser tomadas de forma consciente e baseadas em pressupostos que traduzam o objetivo principal: o máximo conforto que resulta de um investimento coerente e que nos deixa tranquilos sobre a fatura da energia e a manutenção dos equipamentos.
O texto acima é da inteira responsabilidade da empresa/entidade em causa. FONTE: Press Release