O sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter que foi registado na madrugada de ontem em Portugal, sublinha a importância de reforçar a resistência dos edifícios e outras infraestruturas nas cidades.
Lisboa tem vindo a adotar e a desenvolver um conjunto de projetos e medidas para se preparar de forma eficaz para os riscos da cidade: sismos, tsunamis, inundações e outros.
Estas ações abrangem desde a monitorização e avaliação das vulnerabilidades da cidade até ao reforço da resiliência das infraestruturas urbanas. O objetivo é garantir que Lisboa seja capaz de minimizar os impactos de um eventual sismo, ou outra ocorrência natural, promovendo a segurança da população e a resiliência dos edifícios.
O Serviço Municipal da Proteção Civil de Lisboa tem desempenhado um papel central na mitigação dos riscos associados a fenómenos sísmicos, apostando numa política preventiva que inclui a monitorização constante, a sensibilização pública e a realização de simulacros.
Em colaboração com várias entidades, a Proteção Civil tem implementado estratégias que visam reduzir a vulnerabilidade da cidade, garantindo uma resposta eficaz em caso de emergência e promovendo uma maior resiliência das comunidades.
O programa ReSist, parte integrante da estratégia da Câmara Municipal de Lisboa, inclui 47 ações e foca-se na normalização de standards técnicos, na avaliação da vulnerabilidade do parque edificado e das infraestruturas, e na implementação de obras de reforço estrutural. Aposta ainda no reforço da sensibilização e no desenvolvimento de sistemas de gestão de informação, com o objetivo de melhorar a partilha de conhecimento e a eficácia das intervenções municipais.
Na conferência “European Conference on Soil Mechanics and Geotechnical Engineering” (ECSMGE 2024), que decorre em Lisboa de 26 a 30 de agosto e reúne especialistas de várias partes do mundo, o Programa ReSist será um dos destaques. Nesta conferência a géologa Cláudia Pinto adiantou em declarações à Lusa, que o Município irá lançar ainda esta semana uma aplicação – LxReSist – que mede as potenciais vulnerabilidades sísmicas de um determinado edifício, tendo em conta a sua idade, e quais as medidas que podem ser tomadas para prevenir este risco. A aplicação está “praticamente pronta” e será destinada ao cidadão comum.
Ao nível da prevenção das cheias e inundações, o Plano Geral de Drenagem, em execução, prevê a construção de dois grandes tuneis de drenagem para transvase de bacias. Tem como principal objetivo desviar caudais excessivos – até um tempo de recorrência de 100 anos -, mitigando os impactos sociais, económicos e ambientais das inundações.
O texto acima é da inteira responsabilidade das empresas/entidades em causa.
Fonte: Press Release