A Eurovent publicou os seus requisitos recomendados para garantir a qualidade do ar interior (QAI) em edifícios não residenciais para ocupação humana. Os requisitos podem ser aplicados pelas partes interessadas e pelos decisores políticos no domínio do AVAC. 

O documento fornece um conjunto de requisitos prácticos mínimos de QAI, que, segundo a organização, “podem ser facilmente aplicados pelos decisores políticos ao elaborarem legislação harmonizada e pelas partes interessadas em AVAC ao monitorizarem os valores de QAI nos edifícios”. Para que seja alcançada uma qualidade do ar interior saudável, são recomendados níveis máximos aceitáveis de dióxido de carbono (CO2) e taxas mínimas de caudal de ar exterior.

À esquerda, os níveis de CO2 recomendados para uma saudável qualidade do ar interior; à direita, as taxas mínimas de caudal de ar exterior por pessoa para atingir os níveis de CO2 propostos.

No sentido de cumprir as exigências de eficiência energética, o documento indica que a ventilação mecânica deve cumprir os seguintes requisitos: 

– Incluir um sistema de recuperação de energia que cumpra os requisitos do mais recente regulamento da União Europeia relativo à concepção ecológica das unidades de ventilação; 

– Permitir uma ventilação controlada pela procura em função da qualidade real do ar no interior do edifício, com base em medições do nível de CO2; 

– Incluir uma filtragem do ar de alimentação de, pelo menos, 50% ePM1 (através de uma ou mais fases de filtragem). 

No comunicado, o presidente do grupo de trabalho de Unidades de Tratamento de Ar (UTA) da Eurovent, Martin Lenz, explicou: “embora já existam normas extensas e pormenorizadas para a concepção de sistemas de tratamento de ar que permitam obter condições ambientais interiores óptimas, estes procedimentos são muitas vezes demasiado complexos para serem incorporados nos regulamentos de construção e para serem facilmente compreendidos pelo público. Como resultado, frequentemente não existem requisitos mínimos legislativos para a qualidade do ar interior. Este facto realça a necessidade de uma abordagem simplificada e de fácil compreensão”. 

Martin Lenz mostrou-se satisfeito com o documento desenvolvido no seio da Eurovent, acrescentando que “mesmo na sua forma simplificada, tem o potencial de ter um impacto significativo nos ambientes de construção, uma vez integrado na legislação”.  

O documento foi publicado pelos membros do Grupo de Produtos Eurovent “Unidades de Tratamento de Ar” (PG-AHU), que abrange as unidades de tratamento de ar para aplicações não residenciais. Este grupo trabalha com as unidades de tratamento de ar e dos seus componentes – filtros de ar, componentes de recuperação de energia, ventiladores -, em colaboração com os grupos de produtos especializados da Eurovent que abrangem componentes específicos.

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