Foram ontem conhecidos os nomes que farão parte do próximo Governo português, liderado por António Costa. Na nova orgânica, a Energia e Ambiente juntam-se numa única secretaria de Estado, que ficará sob a tutela do ministério do Ambiente e Acção Climática. O ministro escolhido para gerir esta pasta é Duarte Cordeiro.

O responsável, licenciado em Economia e com uma pós-graduação em Direcção Empresarial, sucede a João Matos Fernandes na liderança da pasta do Ambiente e Acção Climática – ministério que passa a ter na sua alçada as secretarias de Estado do Ambiente e da Energia (que estavam separadas na actual legislatura), da Conservação da Natureza e Florestas, e da Mobilidade Urbana (até aqui, apenas da Mobilidade). Pela frente, nos próximos quatro anos, o socialista terá de assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos pelo actual Governo em matéria de transição energética e ecológica, e que decorrem dos objectivos europeus, mas também orientar a política energética nacional num cenário internacional de insegurança de abastecimento.

Nos últimos anos, Duarte Cordeiro assumiu funções como secretário de Estado Adjunto do Primeiro-ministro e dos Assuntos Parlamentares (XXI Governo Constitucional) e secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares (XXII Governo Constitucional). Antes disso, destaca-se o seu percurso na câmara municipal de Lisboa, que começou como vereador em Outubro de 2013, passando, depois, a vice-presidente entre Abril de 2015 e Fevereiro de 2019, com os pelouros de Higiene Urbana, Espaço Público, Economia e Inovação, Smart Cities e Desporto.

Neste novo Executivo, que compõe o XXIII Governo Constitucional e que deverá tomar posse a 30 de Março, há 17 ministros e 38 secretários de Estado – menos 20 % do que na equipa ainda em funções.  Entre as novidades estão também o ex-autarca de Lisboa Fernando Medina como ministro das Finanças, a cientista Elvira Fortunaro como ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e o engenheiro António Costa Silva na pasta da Economia e do Mar. Destaque ainda para o facto de, pela primeira vez em Portugal, uma mulher ocupar o cargo de ministra da Defesa Nacional: Maria Helena Carreiras.

Para além da menor dimensão face à estrutura actual, o novo Governo vai também ter alterações nas suas instalações físicas. Segundo nota oficial, António Costa decidiu concentrar alguns ministérios num só espaço físico, o que “permitirá a redução de dezenas de cargos e serviços intermédios”. Assim, até ao final do ano, espera-se que os ministérios com responsabilidade directa na execução do Plano de Recuperação e Resiliência se concentrem na actual sede da Caixa Geral de Depósitos, sob coordenação da Presidência do Conselho de Ministros.

A nova orgânica do futuro Governo pode ser consultada aqui, estando a lista completa dos ministros disponível aqui.