As ambições europeias de ser o primeiro continente a alcançar a neutralidade carbónica em 2050 são uma oportunidade para o AVAC-R, consideram os especialistas da associação  europeia desta indústria, Eurovent, e o gabinete de estatísticas do sector, Eurovent Market Intelligence (EMI). À Edifícios e Energia, as entidades europeias apontaram algumas das oportunidades pós-pandemia e reforçaram que a indústria “tem de se preparar para as aproveitar”.

“Mais cedo ou mais tarde, a pandemia vai abrandar, assim como os seus efeitos imediatos”, afirmaram, numa nota positiva face à incerteza e impactos negativos que têm marcado o ano 2020, em resultado da crise pandémica, e que se deverão ainda fazer sentir nos próximos “dois a três anos”.

“A indústria do AVAC-R vai ter de acompanhar a ambição da União Europeia de ser o primeiro continente neutro em carbono em 2050”, referem. A oportunidade vai traduzir-se num “investimento sem precedentes na reabilitação do edificado e na modernização do sector energético, por exemplo, mas também numa maior ênfase nos aspectos de sustentabilidade dos produtos para lá do mero uso de energia”.

Não obstante o forte impacto da Covid-19 no mercado, os analistas apontam outras factores que contribuem, neste momento, para o clima de incerteza. O resultado das eleições norte-americanas, agendadas para o mês de Novembro, e o desenrolar do período de transição do Brexit colocam “grandes interrogações sobre o destino do comércio livre internacional” e que condicionarão a forma como as empresas europeias vão competir num mercado global.

Durante este ano crítico, a Eurovent e o EMI têm acompanhado de perto a evolução da indústria europeia do AVAC-R, estando a primeira mais atenta ao panorama regulamentar global, no sentido de facilitar o cumprimento dos regulamentos junto do sector e de “dar sentido aos desafios e oportunidades que determinadas iniciativas políticas podem representar”. Por sua vez, o EMI tem como missão “disponibilizar informação precisa e confiável aos fabricantes sobre as perspectivas e quotas de mercado”. Em Setembro, o EMI publicou um relatório especial sobre o impacto da Covid-19 na indústria do AVAC em 16 países.

 

Saiba mais sobre a visão da Eurovent/ EMI na edição de Novembro/Dezembro 2020 da Edifícios e Energia