As medidas de confinamento adoptadas dentro da União Europeia (UE) conduziram a uma redução do consumo de electricidade na maioria dos Estados-Membros durante o mês de Abril. Os números revelados pelo Eurostat mostram que o consumo total de electricidade foi 11,2 % mais baixo do que o mês de Abril com menores consumos registados entre 2016 e 2019.

Dos 27 Estados-Membros da União UE, apenas Itália não reportou informação relativa ao consumo de electricidade durante o mês de Abril. Os números dados a conhecer pelo gabinete de estatísticas da EU, no passado dia 14, dão conta de que foi em alguns dos Estados-Membros em que foram decretadas medidas mais restritivas que se verificaram descidas mais drásticas nos consumos.

Em Portugal, o consumo de electricidade também registou o nível mais baixo dos último cinco anos durante o mês de Abril. Foram consumidos cerca de 3378 Gigawatts-hora, o que representa uma descida de 6,1 % em relação a Abril de 2017, ano em que se havia registado o consumo mais baixo naquele mês desde 2016.

Em França, o consumo de electricidade caiu 15 % relativamente ao mês de Abril com o registo mais baixo dos últimos cinco anos. No geral, o consumo total de electricidade nos 26 Estados-Membros analisados foi 11,2 % inferior ao registo mais baixo de Abril entre 2016 e 2019.

Para além dos valores registados em França, também Espanha e Luxemburgo registaram descidas significativas, de 14,8 % e 13,7 %, respectivamente. Sete outros Estados-Membros registaram descidas no consumo de electricidade superiores a 10 %. Ainda assim, em quatro países da UE, o consumo de electricidade “foi apenas o segundo mais baixo em comparação com outros meses de Abril entre 2016 e 2020”, lê-se no sítio web do Eurostat.

O gabinete de estatística da UE vem, assim, sublinhar a relação entre a adopção de medidas de confinamento, que levaram à diminuição da actividade produtiva, ao encerramento de fábricas, escolas, estabelecimentos de restauração e hotéis, e a redução no consumo de electricidade.

Consumo de electricidade na UE, Janeiro 2016-2019. Fonte: Eurostat