Apoios a fundo perdido para habitações de famílias vulneráveis, autoconsumo e integração das famílias com baixos rendimentos em Comunidades de Energia Renovável são algumas das recomendações deixadas ao Governo numa resolução da Assembleia da República. 

O Parlamento apresentou ao Executivo um conjunto de oito medidas que recomenda que sejam adoptadas para combater a pobreza energética. São elas: 

  • O aumento progressivo das verbas afectas aos programas de combate à pobreza energética; 
  • A criação de um programa específico de apoio a famílias vulneráveis que vivam em situação de pobreza energética severa, “com um fundo nacional de apoio directo a famílias carenciadas, com subsídios a fundo perdido para melhorias de eficiência energética nas habitações”; 
  • O reforço e simplificação dos programas de financiamento existentes, reformulando o Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis, “para incluir modalidades específicas para famílias carenciadas, como adiantamentos directos em vez de reembolsos”; 
  • A implementação de novos programas de combate à pobreza energética, “priorizando as janelas eficientes e o isolamento de paredes e telhados”; 
  • A criação de um programa nacional de literacia energética, promovendo campanhas de sensibilização sobre pobreza energética e formação gratuita para famílias vulneráveis sobre eficiência energética e gestão do orçamento familiar; 
  • A garantia de uma menor burocracia nos concursos e que estes “contemplem uma calendarização previsível para o cidadão”; 
  • O apoio à autoprodução de energia para famílias carenciadas, incentivando a instalação de painéis solares em habitações de agregados familiares com baixos rendimentos e promovendo comunidades energéticas locais; 
  • O estabelecimento de protocolos de financiamento prioritário com as autarquias para a requalificação de habitação social, no sentido de garantir o cumprimento de padrões mínimos de conforto térmico e desenvolver um plano de eficiência energética específico para bairros sociais. 

Através das redes sociais, a ADENE – Agência para a Energia reagiu à resolução da Assembleia da República, dizendo que as medidas apresentadas estão “em linha com as metas do Observatório Nacional de Combate à Pobreza Energética, que tem por objectivo a erradicação da pobreza energética até 2050”.

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