Dados apresentados pelo Eurostat mostram que 10,6 % da população da União Europeia (UE) não conseguiu manter a sua casa adequadamente aquecida durante o ano de 2023. Portugal surge no topo da tabela, juntamente com Espanha. 

Comparativamente com o ano de 2022, a percentagem de pessoas na UE com dificuldades em manter a habitação quente aumentou 1,3 pontos percentuais – de 9,3 % para 10,6 % em 2023.  

As percentagens mais elevadas foram observadas em Espanha e Portugal (ambos com 20,8 %), seguidos pela Bulgária (20,7 %), Lituânia (20,0 %) e Grécia (19,2 %). Em sentido inverso, os valores mais baixos verificaram-se no Luxemburgo (2,1 %), na Finlândia (2,6 %), na Eslovénia (3,6 %), na Áustria (3,9 %) e na Estónia (4,1 %). 

O documento Key figures of European living conditions – 2024 edition fez uma comparação entre os dados de 2022 e 2023. Foi apurado que, em 19 países da UE, a percentagem de pessoas que não têm meios para manter a sua casa suficientemente quente aumentou entre 2022 e 2023. Espanha, Portugal e Chéquia foram os países com maior aumento (3,7 pp, 3,3 pp e 3,2 pp, respectivamente).  

Em contrapartida, houve uma diminuição em sete países, sendo que os maiores decréscimos foram registados na Roménia (-2,7 pp), Chipre (-2,3 pp) e Bulgária (-1,8 pp). No Luxemburgo, a situação estabilizou com 2,1 %.

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