Líderes políticos, empresas e sociedade civil dos quatro cantos do mundo encontram-se em Nairóbi, Quénia, para discutir a eficiência energética. A conferência acontece no dia 21 e 22 de Maio. 

A eficiência energética é vista como uma ferramenta fulcral para enfrentar as alterações climáticas, bem como a acessibilidade, segurança e acesso à energia. Em solo europeu, no ano passado, o Parlamento Europeu acordou que os Estados-Membros deveriam reduzir colectivamente o consumo de energia em 11,7 % até 2030, de forma suplementar: a poupança anual de energia começa em 1,3 % até final de 2025, e atingirá progressivamente 1,9 % até ao final de 2030. Esta é uma meta incorporada na Directiva da Eficiência Energética e que surge da necessidade de tornar o documento mais ambicioso. 

Também neste sentido, a 9ª Conferência Global Anual sobre Eficiência Energética da Agência Internacional de Energia procura consolidar o progresso que tem sido feito em matéria de eficiência energética e pretende impulsionar o objectivo global de duplicar este mesmo progresso até 2030. 

Ao longo do evento vão existir mesas redondas e painéis de discussão, nos quais os participantes irão centrar-se em soluções orientadas para os actuais desafios globais em matéria de energia limpa. O objectivo é aumentar a eficiência, o acesso e a acessibilidade económica e colocar as pessoas no centro da transição para a energia livre de combustíveis fósseis. 

Fatih Birol, director executivo da Agência Internacional de Energia, sublinhou a importância do tema desta conferência: “a eficiência deve ser o primeiro combustível a impulsionar a transição energética. Desempenhará um papel fundamental na criação de emprego, no crescimento das indústrias, na melhoria da segurança energética e na prestação de serviços energéticos modernos e acessíveis a todos nas economias emergentes e em desenvolvimento”. Fatih Birol deu também ênfase ao facto de esta ser a primeira edição a ser recebida em África, referindo que a questão da eficiência energética “não é menos importante no continente africano, onde temos de aumentar urgentemente o investimento para garantir uma transição energética justa e centrada nas pessoas”. 

A conferência anterior, que teve lugar em Versalhes, França, recebeu mais de 600 delegados de 90 países e levou à criação da Declaração de Versalhes. Com este documento, 46 governos comprometeram-se a apoiar o objectivo de duplicar o progresso global da eficiência energética até 2030. 

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