Nuno Brito Jorge é presidente da direcção da Coopérnico, a única cooperativa de energias renováveis em Portugal. O objectivo é acelerar a transição energética para o 100 % renovável e para um sistema energético eficiente. Em cinco anos, a Coopérnico passou de 16 para 1200 membros. Um modelo descentralizado que vem marcar uma nova forma de prestação de serviços na área da energia.
Hoje, a realidade é muito diferente daquela que existia há cinco anos quando foi criada a Coopérnico?
Se olharmos para onde estávamos nessa altura, quando começámos e agora, muita coisa mudou. Basta pensar que há cinco anos, não havia autoconsumo, ainda não existia nada publicado nesse sentido. O paradigma mudou. Acredito que passámos por uma fase muito importante de adaptação e sensibilização e até de capacitação para as pessoas e empresas perceberem que, de facto, a energia solar já é rentável e cada vez mais rentável. E há ainda a questão da confiança na energia solar. No início, o autoconsumo foi muito prejudicado pela falta de confiança provocada pelo desconhecimento e, hoje, estamos com um mercado que tem um nível de maturidade completamente diferente daquele que tinha há 5 anos e até há 3 anos. Hoje, é cada vez mais fácil para uma empresa perceber que faz sentido utilizar a energia solar como uma das suas ou mesmo a sua principal fonte de aprovisionamento de energia.
Energia eléctrica?
Sim, energia eléctrica, o que não quer dizer que a térmica não seja boa. Não trabalhamos com a térmica porque é muito mais difícil aferir e monitorizar o modelo de negócio e quantificar os resultados. Tem só a ver com essa dificuldade de operacionalização. Enquanto o nosso modelo de negócio, hoje em dia, é muito fácil de medir e, por essa razão, utilizamos a electricidade, seja porque vendemos energia ao Estado através das pequenas produções, seja porque vendemos ao consumidor final por via do autoconsumo ou equivalente.
A Coopérnico tem um modelo de funcionamento totalmente diferente. Qual a vossa motivação enquanto cooperativa?
Nascemos com uma ideia entre amigos. Tínhamos algumas poupanças que não sabíamos onde aplicar. Queria muito um modelo de “Banca ética” mas não existia nada em Portugal e, na altura, falámos em investir numa central fotovoltaica. Utilizámos um espaço familiar e foi lá que fizemos o nosso primeiro projecto. Começámos a falar com pessoas e foi muito fácil juntar dinheiro. Montámos, depois, uma segunda central. Nesta, além do investimento verde que nos interessava muito e do retorno económico, tentámos ainda fazê-lo no telhado de uma IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social) a quem pagamos um aluguer.
Qual o modelo nesse caso?
Juntámos pequenos investidores, fizemos a instalação mediante um pagamento de uma renda e vendemos a energia à rede. Nesta altura, estamos a falar de uma mini-geração.
Ainda funcionava a tarifa subsidiada e as tarifas garantidas. Agora, esse negócio financeiro já não é tão interessante. Como deram a volta?
Não é a mesma coisa, mas nós continuamos a fazê-lo. Depois destes projectos, percebemos que fazia sentido um modelo à volta disto. Falámos com várias cooperativas europeias. Quando saiu a nova legislação do autoconsumo apareceram também as unidades de pequena produção, que, na prática, representam mais um corte na tarifa desde que começámos. Começámos com 22 cêntimos na tarifa de referência, que, depois, passou para 16, 13 e acabou em nove e, desde que houve este corte, o preço tem-se mantido, mas a tecnologia continua a descer de preço. Portanto, a cada ano está a tornar-se mais rentável investir em energia solar.
Como estão organizados?
Estamos organizados em forma de cooperativa, o que quer dizer que temos dois ou três aspectos em que diferimos totalmente das outras empresas, começando pela gestão democrática. Na Coopérnico, qualquer pessoa que queira aderir tem de comprar pelo menos três título de capital que são 60 Euros (20 Euros cada) mas podemos comprar quantos quisermos. Duas vezes por ano reunimos e não importa qual o investimento de cada um. Cada pessoa tem um voto independentemente da sua participação. E esta é a principal diferença em relação às empresas. Não são os maiores accionistas que controlam a actividade. Como cooperativa, não temos fins lucrativos. As pessoas juntam-se nas cooperativas para atingirem um fim comum e, na Coopérnico, esse fim é o da aceleração da transição energética para o 100 % renovável e um sistema energético eficiente.
Essa é a principal missão?
Queremos acelerar a transição para um sistema energético descentralizado, renovável e eficiente.
Os serviços que prestam têm algumas diferenças em relação aos serviços de outras empresas?
Temos três áreas de actividade principais. A área da produção, onde tanto produzimos em UPP´s [Unidades de Pequena Produção] como UPAC´s [Unidades de Produção para Autoconsumo]. Nestas duas áreas, a nossa proposta de valor é a de desenvolvermos projectos que, depois, financiamos juntos por via de empréstimo dos membros da cooperativa. Ou seja, depois de ser membro e ter comprado os meus títulos de capital, posso emprestar dinheiro à cooperativa sempre que haja um novo projecto. Estes projectos têm sido sempre em telhados de IPSS ou entidades públicas a quem pagamos um aluguer que basicamente é uma percentagem da nossa produção. Vendemos tudo à EDP Serviço Universal, que está a comprar em nome do Estado, e uma percentagem fica para o dono dos telhados. No final do período do contracto, tipicamente a 15 anos, doamos o equipamento à organização, que ainda fica com os painéis com um tempo de vida útil pela frente, para que possa produzir a sua própria energia.
O modelo são 15 anos de operação?
Cada projecto de produção, sim. Depois, temos a área da comercialização. Estamos a caminhar para ser comercializadores de electricidade 100 % verde. Lançámos uma campanha de angariação de capital porque são exigidas garantias muito significativas que têm de ser prestadas perante a REN e EDP Distribuição para podermos ser comercializadores. Decidimos que, em vez de comprarmos garantias, devíamos juntar o capital necessário e depositar em contas da REN e EDP Distribuição para funcionarem como garantias. Uma possibilidade que nem se percebe bem como é permitida! A meio da campanha, por disposição do regulador, foram duplicadas as garantias que eram exigidas. Felizmente, quase ao mesmo tempo, ganhámos o Prémio da Fundação Calouste Gulbenkian, que tem parte monetária e veio amenizar o impacto. De qualquer forma, já estamos com um pé na comercialização há quase dois anos através de uma parceria com a Enforcesco. Hoje, um membro da Coopérnico pode contratar eletricidade, mudar os seus tarifários, comunicar as suas leituras, tudo no seu ambiente de utilizador da própria Coopérnico. A compra de energia em mercado e a facturação ao cliente final é que é ainda feita pela Enforcesco. O plano é a independência como comercializador em 2019.
“Já temos 18 centrais e uma diversificação do risco que nos permite estar mais confortáveis (…) Queremos ser os mais justos e verdes. Quando formos comercializadores independentes, vamos também poder oferecer outras vantagens que são possibilitadas pelos modelos de negócio mais inovadores”.
Quais são as vantagens concretas de um membro da Coopérnico?
Temos membros que só estão pela causa. Temos outros que vêem uma boa oportunidade de investimento nos nossos projectos. Nós hoje pagamos 3 % ao ano. Já temos 18 centrais e uma diversificação do risco que nos permite estar mais confortáveis. Os membros podem ainda contratar electricidade à sua própria cooperativa que só usa energia verde. Neste momento, por motivos contextuais, ainda não se consegue garantir que é 100 % verde, mas a electricidade para membros da Coopérnico tem um preço muito competitivo, apesar de não ser esse o nosso desígnio. Nós não queremos ser os mais baratos do mercado. Queremos ser os mais justos e verdes. Quando formos comercializadores independentes, vamos também poder oferecer outras vantagens que são possibilitadas pelos modelos de negócio mais inovadores.
O cidadão está no centro destes novos modelos de negócio que estão a surgir. É este o caminho?
É claramente por aí que vamos evoluir, o que não quer dizer que tenha de ser através de uma cooperativa. Por exemplo, não sei se faz sentido fazer uma cooperativa para um condomínio porque um condomínio já é uma forma de as pessoas se organizarem em comunidade. E aí faria mais sentido falar na evolução para as comunidades de energia. Há casos em que as comunidades de energia podem querer fazer coisas que exigem um suporte legal em formato empresarial. Aí sim, a forma de empresa que mais se aproxima de uma comunidade é uma cooperativa.
Antes do formato, esta tendência que começa a aparecer de as pessoas se juntarem, mesmo numa escala mais pequena, não poderá estar a influenciar e vir a ter impactos maiores no mercado da energia? A possibilidade de eu, como cidadã, poder vender o meu excedente energético ao prédio em frente, por exemplo?
Esse é o caminho que temos pela frente e vai acontecer. Por exemplo, temos na Coopérnico um projecto piloto com um condomínio que está precisamente a caminhar para aí. Mas interessa-nos pensar onde é que as coisas estão diferentes e, nesse aspecto, não estão.
Como assim?
Há cinco anos, já falávamos destas questões, mas, ao contrário do autoconsumo, aqui mantém-se tudo na mesma. Recebemos imensas solicitações [de ajuda] neste sentido, por exemplo, de condomínios, mas legalmente estamos de mãos atadas. Estes modelos não podem fazer-se.
Estamos iguais do ponto de vista legal?
Exactamente. A tecnologia está lá. Fisicamente, se eu produzir energia num telhado vou utilizá-la nos pontos de consumo mais próximos, que pode ser o edifício à minha frente ou no meu bairro. Ou seja, a partilha da energia já pode acontecer do ponto de vista tecnológico, mas a legislação não permite. A questão já não é a capacidade de produção ou tecnológica nem sequer a infra-estrutura. A questão é apenas de enquadramento legal.
A descentralização é o próximo negócio?
Claramente que sim. Na verdade, até já é. Todas as nossas centrais são descentralizadas porque servem localmente e produzem em locais de consumo. Na prática, não devem produzir muito mais do que aquilo que os edifícios onde elas estão consomem. Temos no total cerca de 1.2 MW divididos por 18 centrais com produção descentralizada junto dos locais de consumo, maioritariamente com venda à rede e com tarifa garantida. Este também é um desígnio porque sabemos que a eficiência é conseguida por esta via. Em algum momento da nossa vida, teremos de tomar a decisão de ir ou não para outro tipo de centrais.
Voltando aos modelos de negócio que não desbloqueiam, que outro tipo de modelo vê?
Neste campo das comunidades de energia, há três modelos essenciais: a escala do condomínio – tudo dentro do meu prédio; há a escala do bairro ou da pequena localidade; e a escala virtual, que é aquela do agregador de produção/agregador de consumo, aquilo que designamos por centrais solares virtuais.
E como funcionam as centrais solares virtuais?
Se eu tiver um painel ou uma central a produzir energia eléctrica em minha casa e não a consumir, vou ter de a colocar na rede, no futuro, num contexto sem subsídios. Se deixar de haver uma compra assegurada, vou ter de encontrar alguém que me coloque aquela energia no mercado. Só que eu, sozinho, não sou interessante. Agora, se uma Coopérnico conseguir ter mil pessoas e cada uma tiver um kW em casa, de repente, esta central virtual corresponde a 1MW. Começamos a produzir numa escala pequena, mas, em conjunto, conseguimos abastecer os nossos clientes nas suas casas ou nas suas empresas que estão a consumir durante o dia.
Quais as razões para que estes modelos não tenham já avançado há mais tempo?
Há sempre muita resistência à mudança e o sector energético é extremamente complexo. Além disso, estes modelos não interessam a alguns players.
Mas é uma questão de tempo. Vai ter de acontecer…
Claramente. Repare, quando proibiram o autoconsumo em Espanha, os espanhóis fizeram uma campanha e usavam o termo “deSOLbediencia”. Cada vez vemos mais isto a acontecer ao lado de qualquer legislação que prejudica os cidadãos em prol de outros interesses. E, só depois da “revolta”, a legislação vai atrás e à pressa para tentar enquadrar uma actividade, em vez de definir à partida de que forma é que as coisas se podem montar.
Qual a razão do seu ponto de vista que leva um Governo a proibir o autoconsumo? Ou a criar um imposto sobre o sol?
Creio que a protecção das eléctricas e dos interesses instalados. Não estou a ver mais nenhum.
Essa revolta das pessoas em Espanha teve expressão?
Saíram umas notícias de que algumas pessoas tinham sido presas com painéis confiscados. Não se percebeu bem se foi real ou “fake news” apenas para assustar. Não me parece que tenha tido grandes consequências. Agora, com este governo, já está tudo melhor e já levantaram o imposto ao sol. Também já fizeram o Plano de Energia e Clima, que nós ainda não apresentámos.
E no qual existe de novo uma estratégia para o autoconsumo?
Sim e com outra escala. Os espanhóis perderam alguns anos com este processo, prejudicaram muito a indústria solar nacional, mas estou convencido de que, se estiverem determinados, vão em frente e fazem as coisas acontecerem muito rapidamente. São mais activos e activistas. Cá, esta coisa dos condomínios, por exemplo, já é praticamente consensual. Até a ERSE reconhece a importância. Já se fizeram conferências várias, onde se reflectiu sobre esta necessidade de mudança e agilização do sistema energético. Tem de se repensar a forma como se facturam os serviços prestados no sector eléctrico. Para já, ainda nada mudou. Se pensarmos no exemplo do prédio, a utilização da infra-estrutura pública ou concessionada deixa de existir, poupamos energia. É que não há argumentos para que não se faça. A operacionalização é fácil. Seria apenas associar um contador de produção a diferentes pontos de consumo. Passar a minha energia excedente para o vizinho do lado é igualmente possível hoje. Temos toda a tecnologia para o fazer, só falta mesmo o enquadramento.
“Tem de ser repensada a forma como organizamos a prestação de serviços no sector eléctrico. O crowdfunding, sim, também vai continuar a ter cada vez mais projecção. Cada vez há mais esta vontade de financiarmos projectos na área da sustentabilidade e, por parte das pessoas, de terem o direito de escolher onde aplicam o seu capital”.
E o que representam estas soluções em termos de redução na factura energética?
Se hoje quisermos fazer isto de forma legal, ou seja, se tivéssemos um condomínio com dezenas de habitações e fossemos investir em conjunto em energia fotovoltaica no telhado com o objectivo de partilhar a energia, precisávamos de que todas as fracções fossem clientes da mesma comercializadora. Por exemplo, se todos os condóminos se juntassem à Coopérnico, todos investem, a Coopérnico explora a central fotovoltaica e deduz da factura dos condóminos a energia produzida no telhado. E, mesmo assim, teríamos de pagar o Transporte e Distribuição por uma infra-estrutura que não usámos. Outro exemplo seria ao nível do bairro. Podemos, inclusivamente, ao nível do bairro criar uma central de produção num baldio que produz e entrega à rede em baixa tensão e todas as casas dos investidores consomem em baixa tensão. Isto significa que nunca chegamos a utilizar a rede de média tensão ou alta tensão. Mas, para podermos utilizar aquela energia e da forma como as coisas existem hoje, teríamos de continuar a pagar a utilização das redes que, na prática, não utilizamos e outros custos de interesse económico nacional. Isto resulta em pagar pelo transporte daquela electricidade que vem do terreno ao lado o mesmo que por aquela que pode vir de uma barragem em Trás-os-Montes ou de uma central solar no Algarve. O sistema energético foi pensado na lógica de que, desde a produção ao consumo, a tensão é sempre descendente. Grandes barragens, grandes centrais a carvão, grandes centrais a gás natural… Só que este paradigma já não é actual e vai sê-lo cada vez menos, sem prejuízo de as grandes centrais continuarem a ser muito importantes. Mas é preciso ter um sistema que reflita a realidade do sector. Se eu posso produzir em baixa tensão, entregar à rede em baixa tensão e consumir em baixa tensão, então aquilo que eu pago ao sistema pelo seu serviço tem de ser revisto. Claro que há o argumento da solidariedade, que está em saber quem é que suporta uma rede de média tensão que vai para aldeias isoladas que precisam de electricidade, por exemplo. Mas nós já pagamos isso na factura. O factor potência. Teoricamente, potência é disponibilidade e electricidade é a quantidade que consumimos. Portanto, no mínimo, este redesenho do sistema, além de poder dar uma melhor segmentação em que cada um paga o que usar, pode fazer com que tenhamos de pagar um pouco mais pela potência ou pela garantia de estabilidade do sistema. Como isto vai acontecer, ainda não sabemos.
Há exemplos desta mudança noutros países?
Há muitas cooperativas de energia mas ainda não conheço nenhum país em detalhe que tenha passado pela experiência de segmentar a parte do transporte de acordo com a utilização. O que não falta é projectos piloto e de demonstração. Mas existem excepções. O Brasil tem um sistema espectacular, que não deverá durar muito tempo, até porque não é justo pagar zero em termos de utilização da rede. No caso do Brasil, eu posso produzir em Campinas e consumir em São Paulo e dizer que a produção de Campinas é deduzida da minha factura da casa que tenho em São Paulo com custo zero. Aqui, aplicam o conceito do autoconsumo entre pontos diferentes, desde que dentro da mesma concessionária. Porventura, é um exagero porque não se paga nada pelo transporte, que, neste caso, aconteceu mesmo.
Voltando à hipótese dos prédios ou condomínios, em termos reais quais as reduções que se podiam obter nesses casos?
Depende de muita coisa, mas tipicamente, talvez, 20 a 30 % de poupança na factura energética.
O que vê que pode acontecer nos próximos cinco anos, para além da mudança da legislação? O que seria desejável? Mais crowdfunding?
Tem de ser repensada a forma como organizamos a prestação de serviços no sector eléctrico. O crowdfunding, sim, também vai continuar a ter cada vez mais projecção. Cada vez há mais esta vontade de financiarmos projectos na área da sustentabilidade e, por parte das pessoas, de terem o direito de escolher onde aplicam o seu capital. Estou também envolvido numa plataforma de empréstimos colectivos. Qualquer organização que tenha um projecto para implementar na área da sustentabilidade pode encontrar na GoParity uma alternativa para encontrar financiamento. E a quem quiser aderir com qualquer montante é assegurada uma taxa de juro à partida.
Este é um modelo maduro também na energia?
Na GoParity, começámos na área da energia precisamente por causa da minha afinidade com o sector, mas também porque apresenta modelos de negócio claros e rentáveis.
Vê outras áreas para além do crowdfunding?
As mudanças vão abranger outras áreas como o armazenamento, a mobilidade e a continuação da descentralização. A rede eléctrica como plataforma para outras funcionalidades (ex.: IoT) também vai ser uma realidade. Nós, na Coopérnico, queremos fazer coisas mais inovadoras e ambiciosas sempre que envolvam os cidadãos. A nossa ideia de sermos comercializadora é muito abrangente. Com essa capacitação podemos criar modelos de negócio muito interessantes para as pessoas.