Perguntámos a António Bordalo, candidato* da Lista A ao cargo de Coordenador de Especialização de Engenharia de Climatização da Ordem dos Engenheiros ao triénio 2022-2025, quais os desafios do sector e quais as suas prioridades em caso de eleição. A votação decorre entre os dias 2 e 12 de Fevereiro.
*candidatura não aceite pelo CEN “por impossibilidade de cumprimento do n.º 2 do Artigo 7.º da Lei n.º 26/2019, de 28 de Março”, que se refere à igualdade e paridade de género.
“Num cenário otimista e face às perspectivas de investimento versus execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) um dos desafios a todo o sector nacional da climatização será a adaptação necessária ao planeamento, organização, modernização de meios e métodos, de modo a terem a capacidade de resposta às solicitações técnica, produtiva e de prazo de concretização, que se perspectivam.
Outro dos desafios será a capacidade para a realização de parcerias, partilhando recursos e conhecimento.
A insuficiente resposta do mercado nacional promoverá o recurso a empresas internacionais do sector, que ao intervir reduzem a oportunidade de se realizar uma parte significativa do investimento.
Associado a períodos de intensa actividade ‘picos no sector’ assiste-se normalmente a uma transferência de quadros técnicos e de conhecimento que ainda poderão prejudicar mais o nosso sector.
Relativamente aos fabricantes nacionais de produtos e equipamentos de AVAC, que se internacionalizaram, já se modernizaram de forma a serem competitivos no mercado global, o desafio será a flexibilidade na produção para permitir satisfazerem os picos de entrega que a oportunidade do PRR perspectiva.
Outro desafio é a implementação da eficiência energética, da sustentabilidade e da descarbonização associada a uma flexibilização na utilização, no sector dos edifícios. De uma forma global, o sector nacional terá que ter maior conhecimento e flexibilidade produtiva o que obriga a uma contínua adaptação e modernização de processos e recursos materiais e humanos.”
Quais serão as suas prioridades enquanto coordenador?
- “Promover as relações com os sectores institucionais, profissionais, normativos e académicos;
- Promover atividades de cooperação nacional e internacional;
- Dar voz aos Engenheiros especialistas em Climatização enquanto profissionais do sector;
- Evidenciar o contributo do Engenheiro especialista em Climatização na promoção e implementação da economia energética e da sustentabilidade.”
As conclusões expressas são da responsabilidade dos autores.