Pedro Soares, Joana Carneiro e Luís Chedas falam-nos do posicionamento da Thermosite, da relação com as marcas que representam e dos desafios que esperam num mercado cada vez mais dinâmico.

A feira Tektónica está a crescer em tamanho e importância. Como correu este evento para a empresa?
Luís Chedas: É muito importante para nós a presença continuada neste evento. É a feira mais importante do sector e é crucial para a nossa divulgação e para a credibilidade que queremos transmitir na nossa presença. E, para além da visibilidade geral que [a Tektónica] confere, aqueles quatro dias permitem [realizar] uma quantidade de reuniões, conversas, apresentações, divulgações dos nossos produtos, etc. que nunca seria possível de outra forma. O tamanho e a importância da feira, tal como refere, estão a crescer significativamente, o que está seguramente relacionado com a força que o mercado da construção apresenta.

Este crescimento e esta dinâmica poderão estar relacionados com a inevitável ligação entre construção e aspectos construtivos e conforto térmico, complementado com soluções tecnológicas cada vez mais eficientes?
Joana Carneiro: Sim, seguramente. Estamos em plena transição energética e todos os equipamentos têm forçosamente de ser mais eficientes, porque, cada vez mais, a energia é o ouro dos nossos dias. E a verdade é que os fabricantes têm conseguido apresentar cada vez mais inovações, mais eficientes. Toda esta dinâmica de mercado se reflecte na dimensão da feira. E, igualmente, todos os intervenientes do mercado necessitam de acompanhar os novos desenvolvimentos. É também por isto que a Thermosite realiza formações regulares com os seus clientes – para que os profissionais que trabalham
connosco se possam manter actualizados quanto aos equipamentos mais evoluídos.

Soubemos que lançaram um novo catálogo recentemente. Quais as principais orientações e novidades?
Luís Chedas: É a nossa tabela de 2024. É uma tabela que funciona como catálogo e como instrumento de dimensionamento para os instaladores. É aqui que reunimos a informação técnica relevante para cada equipamento. Foi um investimento grande da nossa parte, especialmente em tempo e recursos humanos para o desenvolvimento, mas que nos tem devolvido um feedback muito positivo. As novidades são muitas, por exemplo, o crescimento da gama de bombas de calor de águas quentes sanitárias, a nova gama de ar condicionado Cotton, as novas VMC [Ventilação Mecânica Controlada] da gama EX.

 

 

As marcas que representam – GREE, SIME, THERMWAY, HONEYWELL HOME – estão na linha da frente do mercado em termos de reconhecimento e qualidade, e estas empresas depositaram na Thermosite toda a confiança. Uma parceria para o futuro?
Pedro Soares: São parcerias importantes. A GREE, que é a maior fábrica do mundo de ar condicionado, e que representamos em Portugal já há muitos anos, garante-nos cada vez mais produtos de qualidade única. Tem crescido nas gamas e sempre com apostas na eficiência, no design e em baixos níveis de ruído. É uma marca que o canal profissional já reconhece como sendo das mais fiáveis do mercado. A SIME, que é uma das principais fábricas de caldeiras italianas, tem uma panóplia de produtos muito completa, desde as pequenas caldeiras murais domésticas, até às caldeiras industriais de elevadas potências. São caldeiras cuja garantia fornecida lhes tem permitido serem eleitas para prescrição. Ainda agora temos uma obra de referência que é o Hospital de Sintra, com quatro caldeiras de 1 100 kW cada. A THERMWAY é uma marca reconhecida pelas bombas de calor. Tem uma gama cada vez mais completa, contemplando ainda o ar condicionado, o solar térmico e o fotovoltaico, e a ventilação. A HONEYWELL HOME é outra marca de referência, conhecida pela qualidade das válvulas e dos termostatos. São equipamentos de uma fiabilidade única no mercado.

Este Verão não está a ser famoso em termos de tempo meteorológico. Que balanço fazem do primeiro semestre e que perspectivas têm para o segundo?
Joana Carneiro: É um facto. As nossas vendas não estão a ser alavancadas pelo clima. As nossas vendas têm vindo a basear-se numa malha de clientes cada vez mais forte. E isto acontece porque a Thermosite se destaca pelo apoio no dimensionamento, na formação aos clientes, pelo apoio em obra, e por dar sempre seguimento às situações de pós-venda. Isto é a nossa filosofia, e não temos dúvida de que o nosso crescimento é fruto disto mesmo. O primeiro semestre foi positivo e acreditamos que ainda temos muito para crescer. Por isso é que investimos tanto em catálogos, presenças em feiras, eventos com clientes – estivemos agora num passeio de barco e almoço na Ria Formosa –, formações e no pós-venda. Também por isto é importante para nós ter os três armazéns [espalhados] pelo país, nomeadamente em Lisboa, no Porto e no Algarve. A outra presença importante é a on-line. O desenvolvimento do nosso website foi uma aposta essencial. Este permite ter a informação técnica toda disponível à distância de poucos cliques. Todas as propostas que enviamos seguem com links [hiperligações] para fichas técnicas, manuais, desenhos, etc.

Está na calha alguma novidade em termos de produtos para os próximos tempos?
Pedro Soares: É quase uma obrigação. Com a revolução constante do mercado, se não lançássemos produtos novos quase todos os meses, ficaríamos para trás. Estamos a apresentar agora um novo micro-inversor THERMWAY, uma solução muito compacta para pequenas instalações domésticas. Qualquer pessoa com um espaço soalheiro em casa deveria recorrer a esta solução. [Esta] Garante de imediato uma redução na factura energética, reduz a pegada ambiental, e o investimento é bastante reduzido. Por isto, entendemos que este produto irá ter muito sucesso. Outro destaque são as novas bombas de calor com R-290. Este gás permite aquecer a água até temperaturas mais altas, o que garante maior disponibilidade de água quente, com eficiências cada vez mais altas. Mas, seguramente, iremos apresentar mais uns quantos produtos até ao final do ano. Os nossos parceiros têm que estar atentos às divulgações.

 

Este artigo foi originalmente publicado na Edição nº 154 da Edifícios e Energia (Julho/Agosto 2024).
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