Num mundo cada vez mais comprometido com a redução das emissões de gases com efeito de estufa, a descarbonização dos edifícios representa uma frente essencial na transição para um futuro mais sustentável. Em Portugal, onde o edificado representa uma fatia significativa do consumo energético nacional, o impacto das soluções energéticas assume um protagonismo crescente na resposta às metas climáticas estabelecidas. É, portanto, urgente implementar soluções inovadoras que integrem tanto a eficiência energética como o uso de materiais sustentáveis no processo de construção e reabilitação.
Seja em construções novas ou em projetos de reabilitação, a indústria tem hoje o desafio — e a responsabilidade — de alinhar práticas construtivas e materiais com os princípios da eficiência energética e da economia circular. Além disso, a exigência de reduzir o impacte ambiental das construções e de aumentar a durabilidade dos edifícios está a impulsionar um novo paradigma no setor, que exige novas abordagens técnicas e uma mudança cultural em toda a cadeia de valor da construção. A inovação tecnológica, aliada a uma visão estratégica de sustentabilidade, está a transformar a forma como se pensa e se constrói no país.
A produção de cimento é historicamente uma das atividades industriais com maior intensidade carbónica, sobretudo devido à elevada utilização de clínquer — o principal responsável pelas emissões de CO₂ no setor. No entanto, nos últimos anos, têm surgido novas soluções que permitem mitigar este impacto, com foco na redução das emissões associadas ao processo de fabricação do cimento. A CIMPOR é uma das empresas que estão a dar passos significativos na redução do impacte ambiental associado a este material fundamental.
Através de investimentos robustos na modernização dos seus centros de produção, nomeadamente em Alhandra, Loulé e Souselas, a CIMPOR tem vindo a apostar em soluções como o aumento da substituição térmica de combustíveis fósseis, a implementação de sistemas de recuperação de calor e o uso de matérias-primas alternativas, como as argilas calcinadas. A CIMPOR também está a investir na digitalização das suas operações, com sistemas de monitorização que permitem otimizar o uso de energia e recursos ao longo do processo produtivo, além de reduzir desperdícios e melhorar a eficiência operacional. Esta estratégia permite uma redução significativa da dependência do clínquer e, consequentemente, das emissões de CO₂.

No contexto da renovação e reabilitação urbana, a escolha de materiais mais sustentáveis tem um efeito multiplicador. A utilização de cimentos e argamassas com menor pegada carbónica impacta diretamente a eficiência energética dos edifícios, enquanto reduz o impacte ambiental da construção. A par disso, os materiais com menor pegada ecológica têm um papel crucial na melhoria do desempenho térmico e acústico das construções, fatores determinantes para o conforto dos ocupantes e a redução das necessidades energéticas dos edifícios. A CIMPOR tem desenvolvido produtos especificamente desenhados para a reabilitação, como argamassas de cal hidráulica e soluções com propriedades de isolamento térmico melhoradas, que contribuem para edifícios mais eficientes e confortáveis.
Além disso, estas soluções são pensadas com base nos princípios da economia circular, ao incorporar resíduos de construção e demolição ou subprodutos industriais como matéria-prima, o que contribui para o prolongamento do ciclo de vida dos recursos e para a redução da pressão sobre os recursos naturais. A incorporação de materiais reciclados e a redução de desperdício também representam um passo importante para a diminuição do impacte ambiental, promovendo uma utilização mais inteligente e responsável dos recursos disponíveis.
A inovação tecnológica tem permitido que a indústria produza de forma mais eficiente e com menores custos energéticos. O uso de energia elétrica de fontes renováveis nas unidades de produção, a digitalização de processos e o controlo inteligente do consumo energético são hoje realidade nas fábricas da CIMPOR, que assumem a descarbonização como objetivo estratégico. Este compromisso é reforçado por um acompanhamento constante das melhores práticas globais, permitindo à CIMPOR estar na vanguarda das soluções que favorecem a sustentabilidade do setor.

Estas transformações têm um impacto direto no mercado da construção: ao tornarem os materiais mais sustentáveis, potenciam edificações com menor pegada ecológica desde a sua génese. De facto, cada projeto de construção ou reabilitação que adote tais práticas sustentáveis contribui para o avanço da indústria na meta global de descarbonização e para a redução da pressão sobre os recursos naturais. É uma mudança estrutural no setor, que passa a ser parte ativa da solução para os desafios climáticos.
Alcançar a neutralidade carbónica até 2050 é um compromisso assumido publicamente pela CIMPOR, cujas metas de curto e longo prazo já foram validadas pela Science Based Targets initiative (SBTi). Este reconhecimento internacional traduz-se num plano de ação concreto, onde os investimentos em inovação, investigação e desenvolvimento são as alavancas principais.
A transição para uma construção mais verde e eficiente está em marcha. A cada inovação, a cada novo produto, a CIMPOR dá um passo importante para garantir que os edifícios do futuro — novos ou reabilitados — sejam mais confortáveis, eficientes e verdadeiramente sustentáveis.
Este conteúdo tem o apoio da CIMPOR