Cidades livres de combustíveis fósseis é o desígnio que dá nome ao evento organizado pelo Pacto de Autarcas, pelo projecto Smart EPC e pelo Smart Cities Marketplace. Com data marcada para o dia 21 de Janeiro, em Bruxelas, o evento irá centrar-se na forma como as cidades estão a reduzir a sua dependência dos combustíveis fósseis no domínio da iluminação pública, da habitação e do aquecimento e arrefecimento urbano com a ajuda de parcerias e projectos. 

O programa arranca com um debate sobre o financiamento, público e privado, para a execução dos Planos de Acção Para a Energia Sustentável e Clima (PAESC). De acordo com a plataforma da Comunidade Energy Cities, “sem conhecimentos e financiamento privados, sem a participação dos cidadãos e sem um forte apoio das instituições nacionais e da União Europeia (UE), a implementação de PAES torna-se uma tarefa hercúlea”. Quais são os desafios e soluções das cidades na mobilização de competências e financiamento público e privado? Como facilitar as parcerias público-privadas? Que apoio político e financeiro a nível nacional e da UE é necessário para concretizar a visão de cidades sem combustíveis fósseis? Estas são algumas das questões apresentadas no programa do evento e que certamente serão assunto para debate. 

Durante a tarde, a tónica será colocada mais especificamente na descarbonização da habitação. Na apresentação desta mesa redonda pode ler-se que “as emissões residenciais são um dos principais factores que contribuem para as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) de uma cidade”. E que, embora seja um domínio de intervenção primordial, a reabilitação energética das habitações é um processo complexo. No decorrer desta sessão serão abordados alguns casos de estudo e um painel de oradores irá debruçar-se sobre os mecanismos de financiamento e apoio que podem ser postos em prática para fazer face a este desafio. 

A última sessão do evento será dedicada à descarbonização do aquecimento e do arrefecimento. De acordo com a reformulação da Directiva da Eficiência Energética, os municípios com mais de 45 000 habitantes terão de desenvolver planos de aquecimento e arrefecimento urbano. Segundo a iniciativa EU Peers, que estará representada no evento, a “desintoxicação” do aquecimento nas cidades é um passo essencial para alcançar emissões líquidas nulas na Europa até 2050. Serão apresentados projectos de aquecimento e arrefecimento urbano que estão a fazer a transição para sistemas de energias renováveis, assim como as oportunidades de financiamento existentes para planear e implementar sistemas livres de combustíveis fósseis.

Fotografia de destaque: © Energy Cities