O governo federal brasileiro publicou um decreto que prevê a aplicação gradual de tecnologia BIM (Building Information Modeling) na execução de projectos de engenharia e arquitectura daquele país. A aplicação do modelo virtual, que permite a visualização tridimensional de projectos, vai decorrer em três etapas, começando em 2021 e terminando sete anos depois.

O decreto 10.306 de 2020, publicado pelo governo federal do Brasil a 2 de Abril, veio determinar a aplicação faseada de tecnologia BIM na execução de obras, serviços de engenharia e projectos de arquitectura realizados pelos órgãos e entidades da administração pública brasileiros. O lançamento deste decreto faz parte da estratégia de disseminação BIM do governo brasileiro e conta com o apoio de “diversas entidades da construção civil”, lê-se em notícia da AEC Web, portal brasileiro da área da construção.

A tecnologia BIM permite, através do recurso a software específico, a modelização de obras e projectos de engenharia e arquitectura, bem como de projectos de construção e manutenção de infra-estruturas ligadas aos sectores da água, electricidade, gás, mobilidade e comunicação, permitindo a visualização tridimensional e contribuindo para uma melhor tomada de decisões de projecto.

O Brasil, através do recém publicado decreto, passará a aplicar a tecnologia de modelagem de forma progressiva, em três etapas. Em Janeiro do próximo ano, passa a aplicar-se a projectos de arquitectura e engenharia de construções novas, ampliações e reabilitações, apenas “quando consideradas de grande relevância para a disseminação do BIM”.

A segunda fase, com início marcado para três anos depois, em Janeiro de 2024, estende a aplicação do uso de BIM para a “execução directa ou indirecta de projectos de arquitectura e engenharia e na gestão de obras” para todas as construções novas, reabilitaçãpo, ampliações ou reabilitações. Por último, a terceira fase de disseminação BIM no Brasil passa a abranger também a fase de projecto de arquitectura e engenharia. Esta fase acontece no início de 2028, sete anos após a entrada em vigor da primeira etapa.