É, certamente, uma boa notícia para os críticos do nuclear. A produção de energia nuclear para aquecimento está a diminuir na europa. É isso que aponta um relatório do Eurostat, o Gabinete de Estatísticas da União Europeia.
De acordo com o documento publicado por aquele organismo, houve, em 2017, um decréscimo da produção de energia nuclear relativamente a 2016 de 1,3 %. Já quando comparado com 2009, essa diminuição situa-se na ordem dos 10 %.
Há 10 anos, segundo os dados disponibilizados pelo Eurostat, a produção de energia nuclear para aquecimento, no espaço da União Europeia (28 países), era de 234178,187 tep (tonelada equivalente ao petróleo), valor que, ao longo do tempo, tem vindo a recuar, à excepção de 2010 (em que aumentou relativamente a 2009) e 2014 (ano em que houve um ligeiro aumento quando comparado com 2013).
A França foi o maior produtor de energia nuclear para aquecimento, no ano de 2017, com um total de 103860,7 tep, seguida da Alemanha (19655,7 tep) e Suécia (16351,0 tep).
Para as estatísticas, a produção de energia nuclear para aquecimento é considerada como a fonte de energia para a energia nuclear, ou seja, o calor obtido (ou a energia libertada) através da fissão nuclear em reatores nucleares. Esse calor é, posteriormente, utilizado para a produção de energia eléctrica, entre outros usos.
Na União Europeia, em 2017, apenas 14 dos 28 Estados-Membros possuíam reatores nucleares em funcionamento: Bélgica, Bulgária, República Checa, Alemanha, Espanha, França, Hungria, Holanda, Roménia, Eslovénia, Eslováquia, Finlândia, Suécia e Reino Unido.