A Universidade Nova de Lisboa (UNL) quer ver um dos seus edifícios alcançar a neutralidade carbónica e, para isso, vai lançar um teste piloto no campus de Carcavelos. O projecto, em parceria com a start-up portuguesa BIOS, vai focar-se no cultivo de plantas. Já no próximo ano, mais de “200 saladas por dia” deverão ser confeccionadas a partir dos frutos do projecto.

Através do cultivo de plantas e do aproveitamento de “fluxos de energia desperdiçados”, o projecto piloto, que resulta de uma parceria entre a start-up portuguesa BIOS e a UNL, marca o primeiro passo para a concretização de um edifício carbonicamente neutro no campus de Carcavelos daquela instituição de ensino superior.

O campus de Carcavelos da UNL vai, assim, ser palco para um projecto que promete reduzir a pegada de gases com efeito de estufa através da implementação de um “sistema de agricultura controlada”, que deverá ter como resultado, já em 2020, a confecção diária de “200 saladas por dia”, de acordo com comunicado da BIOS do passado dia 5 de Dezembro.

Através de um sistema integrado, o cultivo de alimentos vegetais nas instalações de empresas – e, como neste caso, de instituições de ensino – poderá vir a ser uma realidade comum “daqui a dez anos”, acredita Michael Parkes, fundador da start-up.

A empresa portuguesa revelou, ainda, que começou a ser desenvolvida na UNL, em parceria com o director de sustentabilidade da faculdade instalada no campus de Carcavelos, um “roteiro para a promoção do Carbon Zero em todo o campus”.

No futuro, o conceito em desenvolvimento pela BIOS – que conta com o apoio financeiro da Fundação Calouste Gulbenkian, deverá permitir a “existência de edifícios de produção negativa de carbono e a produção de alimentos e biomassa como uma bioproduto de eficiência energética”.