O Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) e o centro para o desenvolvimento de novas tecnologia energéticas da EDP (EDP CNET) estão a desenvolver, com outros cinco parceiros internacionais, um projecto que visa o aumento da “flexibilidade do modelo de contratos de desempenho energético”. Através do projecto europeu AmBIENCe Active Managed Buildings with Energy Performance Contracting, vão ser apoiados proprietários e investidores imobiliários tendo em vista a implementação de soluções inteligentes de controlo activo de edifícios. O objectivo? Melhorar o conforto e o desempenho energético do edificado. As soluções desenvolvidas nos próximos dois anos e meio serão testadas em Portugal e na Bélgica.

Para além das entidades portuguesas, fazem parte da iniciativa cinco outros parceiros provenientes da Bélgica (VITO/ EnergyVille, BPIE e Energinvest), Itália (ENEA) e Espanha (IK4). Com o objectivo de aumentar a flexibilidade do modelo de contratos de desempenho energético, que promove a “devolução dos custos de instalação e de gestão de equipamentos”, envolvendo uma empresa prestadora de serviços energéticos, o projecto vai procurar desenvolver novas soluções de melhoria do desempenho energético de edifícios, através da utilização de sensores integrados numa lógica de Internet das Coisas (IoT). O objectivo é promover a ligação e comunicação de dispositivos tecnológicos para aumentar o conforto e a poupança energética.

A partir do trabalho desenvolvido pelo consórcio europeu, é esperado o desenvolvimento de uma plataforma que “permitirá calcular custos e poupanças associadas à implementação destes contratos de desempenho energético”. Assim, considera o INESC TEC em comunicado, deve aumentar a “transparência em relação aos consumos e gastos energéticos”. Os benefícios da aplicação das soluções desenvolvidas devem impactar proprietários, utilizadores de edifícios e investidores. Para além de fomentarem a “modernização e inteligência dos edifícios”, com medidas como a instalação de painéis fotovoltaicos ou a implementação de pontos de carregamento para veículos eléctricos, as soluções devem permitir, nos edifícios, uma actuação “mais eficiente” na redução dos consumos energéticos.

O projecto tem a duração prevista de dois anos e meio e conta com um investimento global de dois milhões de euros, sendo o financiamento garantido pelo programa Horizonte 2020. As soluções a desenvolver no âmbito do projecto europeu deverão depois, segundo o INESC TEC, ser testadas em Portugal e na Bélgica.