Kadri Simson foi a escolhida pela nova presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para assumir a pasta da Energia e tem já um objectivo definido: reduzir para metade as emissões de gases com efeito de estufa (GEE).

A estónia já se encontrava no actual colégio da Comissão Europeia, depois de ter sido eleita para suceder ao comissário Andrus Ansip, que decidiu cumprir o mandato de eurodeputado depois das eleições europeias de 26 de Maio.

Para Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, “Kadri Simson é, desde há muito, membro do governo e antiga ministra. Vai ser responsável pela pasta da energia”.

De acordo com um comunicado publicado pelo novo executivo europeu, “Simson tem uma vasta experiência com a Comissão Europeia e com outras instituições europeias. Como ministra dos Assuntos Económicos e das Infra-estruturas, geriu áreas como o mercado interno, energia e transportes no Conselho da União Europeia”.

Simson vai ter um papel de destaque na Comissão Europeia com a pasta da energia. A nova comissária será preponderante no cumprimento das metas europeias de reduzir, até 2030, pelo menos, 50 % das emissões de gases com efeito de estufa. Ainda assim, esta nomeação já está a ser alvo de críticas, mais propriamente de movimentos ligados ao ambiente. Peep Mardiste, do Partido Ecologista da Estónia, já veio lembrar que o partido a que Kadri Simson pertence, bloqueou a recente iniciativa da União Europeia de atingir a neutralidade climática em 2050.

A nova comissária Europeia da Energia, de 42 anos, é uma política experiente, com provas dadas no seu país. Membro do Eesti Keskerakond, um partido liberal da Estónia, foi líder do grupo parlamentar do seu partido no parlamento estónio. Em 2015, disputou a liderança do partido a que pertence, tendo sido derrotada por Edgar Savisaar, líder na altura, por apenas 55 votos, num universo de 1051 delegados. No entanto, em 2016, a sua competência foi reconhecida ao ser nomeada ministra dos Assuntos Económicos e das Infra-estruturas, no governo de Jüri Ratas, um executivo de coligação que englobava partidos de centro-esquerda, sociais-democratas, liberais e conservadores. Durante esse período, Kadri Simson trabalhou em estreita colaboração com o Conselho Europeu, em áreas como o mercado interno, energia e transportes.

Quanto a Portugal, Elisa Ferreira, a escolhida pelo Governo nacional, ficou com a pasta da Coesão e Reformas.

 

Foto: Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e Kadri Simson, comissária europeia para a Energia. Fonte: Twitter @kadrisimson