Chama-se INNOVAIR 24 e foi inicialmente desenvolvido pela INNOVAIR, numa parceria com o Instituto Politécnico de Leiria. Depois de uma actualização apresentada em Novembro, o sistema introduz no mercado a novidade de possibilitar, através de um único equipamento, a medição contínua da qualidade do ar interior (QAI) e a emissão de um alerta aos utilizadores quando há algum desvio nos valores.

Lançado inicialmente em 2019, o INNOVAIR 24 tem sido sujeito a actualizações desde então, por exemplo, para melhorar a eficiência energética e optimizar o algoritmo da QAI. O resultado final, apresentado em Novembro, é um dispositivo que monitoriza e analisa os níveis de compostos orgânicos voláteis, dióxido de carbono, formaldeído, humidade, monóxido de carbono, partículas (PM 1, 2.5, 10), pressão e temperatura.

Esta avaliação é feita em tempo real e, quando os valores dos poluentes ou dos outros factores se desviam dos parâmetros homologados, revelando uma má QAI, o sistema avisa os utilizadores via SMS ou e-mail. O sistema regista ainda estes dados numa aplicação web, a que os utilizadores podem aceder.

Resultando de um investimento na ordem dos 360 mil euros, o produto actualizado está desenhado para ser utilizado no âmbito de museus, bibliotecas, grandes centros comerciais, call centers, entre muitos outros espaços ligados a sectores desde a indústria, até à saúde e à hotelaria.

Segundo Domingos Neves, sócio-gerente da INNOVAIR, citado em comunicado, a actualização do produto “surge na sequência da legislação que entrou em vigor, ainda este ano, que segue as orientações para a necessidade de existir sistemas de monitorização do CO2, de forma a garantir a boa ventilação dos locais interiores”. Essa legislação, que atribui essa responsabilidade aos “estabelecimentos, equipamentos ou outros locais abertos ao público”, diz respeito às medidas que ajudam a conter a propagação do vírus que causa a Covid-19, em situação de alerta.