Numa reflexão condicionada à mudança que as coisas vão tendo nesta altura, Luís Malheiro, projectista, está naturalmente preocupado “com a resiliência da economia, nomeadamente no ramo imobiliário e no turismo”.

Numa análise ao primeiro mês de confinamento (16 Março a 13 de Abril), o responsável constata que o Grupo LM “está a funcionar com a maioria dos nossos colaboradores em teletrabalho, com muito bons resultados em termos de produção, não se tendo verificado atrasos no planeamento de entregas e emissão de facturação dos trabalhos”. Durante este período e para este gabinete de projecto, “não se verificou qualquer cancelamento de trabalhos em curso”. Terá havido apenas um adiamento por parte de um cliente estrangeiro”, segundo Luís Malheiro.

As notícias não são más e, contrariamente ao que se podia esperar, o mercado vai continuando o seu rumo. “Verificou-se o pagamento parcelar (50 %), em duas facturas de um mesmo cliente; um aumento do número de consultas recebidas e de propostas entregues em cerca de 30 % e “não se verificou alteração do valor médio da contratação”.

Neste contexto e se as coisas se mantiverem neste rumo, Luís Malheiro está confiante. “Não haverá alteração no regime de trabalho, atrasos significativos nos recebimentos e, consequentemente, não haverá atrasos nos pagamentos das nossas responsabilidades”. No caso da situação se alterar, “enfrentaremos uma nova crise económica cuja ultrapassagem em tempo útil dependerá da forma como o apoio às empresas vier a ser organizado. Aos nossos clientes, sugerimos que invistam agora na elaboração dos projectos de que necessitam para os empreendimentos que desejam promover e que não interrompam as obras já iniciadas, preparando-se, assim, para a retoma subsequente”.