Os legisladores votaram a favor da adoção da revisão da Diretiva relativa ao Desempenho Energético dos Edifícios (EPBD). A votação aconteceu ontem (12 de março) numa votação plenária em Estrasburgo e, apesar da oposição do grupo Partido Popular Europeu e da Itália, o documento obteve 370 votos a favor. 199 eurodeputados votaram contra e 46 abstiveram-se.
Ciarán Cuffe, eurodeputado do Grupo dos Verdes / Aliança Livre Europeia e que liderou a elaboração deste projeto, afirmou à Euronews que “esta diretiva irá desbloquear dinheiro público e privado e direcioná-lo para a reabilitação energética. Há muito dinheiro da UE pronto para financiar a renovações dos edifícios, e os Estados-Membro são efetivamente obrigados a utilizar fundos da UE para garantir que os seus planos nacionais são suficientemente financiados”.
Através do site do European Environmental Bureau (EEB), Laetitia Aumont, responsável política para a construção descarbonizada e circular, reagiu a esta aprovação, referindo que “os países da UE devem agora manter a dinâmica. É vital que a renovação das casas com pior desempenho seja direcionada – é um investimento inteligente que permite grandes poupanças de energia e reduções de emissões, bem como o combate à pobreza energética e o aumento do emprego”.
Proposta em dezembro de 2021, a revisão da EPBD introduz alterações que visam reduzir as emissões do parque imobiliário da Europa e caminhar para a sua descarbonização, numa altura em que, segundo dados da UE, os edifícios contribuem com 36% das emissões de CO2 da UE e são responsáveis por cerca de 40% do consumo de energia.
Dada a luz verde pelo Parlamento, o Conselho irá adotar formalmente a EPBD revista e deverá entrar em vigor depois de os países da UE apresentarem os seus planos nacionais de renovação em 2026 e de serem entregues à Comissão os planos de renovação por parte dos governos nacionais.
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