O novo Centro de Formação para a Transição Energética vai localizar-se em Vila Nova de Santo André, em Santiago do Cacém. O protocolo para a criação do novo espaço foi assinado formalmente na passada sexta-feira.
A ADENE – Agência para a Energia, a APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis e o IEFP – Instituto do Emprego e da Formação Profissional assinaram, na passada sexta-feira, o protocolo para a criação do novo Centro de Formação para a Transição Energética em Vila Nova de Santo André, em Santiago do Cacém. A iniciativa faz parte do programa Trabalhos & Competências Verdes, lançado no início deste mês pelo Governo e que pretende criar competências para acelerar a transição energética no país.
O novo Centro de Formação tem como propósito ajudar as empresas a se adaptarem à economia verde, “através da valorização dos recursos humanos e da capacidade empresarial e do aperfeiçoamento técnico nas áreas da transição energética e acção climática”, explica a ADENE no seu portal.
A assinatura do protocolo foi presidida pela secretária de Estado da Energia e Clima, Ana Fontoura, e pelo secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, que se juntaram aos dirigentes das entidades signatárias, Nelson Lage (ADENE), Pedro Amaral Lopes (APREN) e Domingos Ferreira Lopes (IEFP), na localidade alentejana. Recorde-se que, em Janeiro de 2022, as três entidades tinham já assinado um memorando de entendimento com vista à criação de condições para responder às necessidades de qualificação e reconversão profissional decorrentes da transição energética.
A importância da criação deste centro de formação em Vila Nova de Santo André, a cerca de 15 quilómetros de Sines, foi destacada por Nelson Lage, que enfatizou o facto de este “permitir a formação profissional e a requalificação de trabalhadores de empresas que, directa ou indirectamente, estão a ser afectadas pelo aumento dos custos de energia”.
Em comunicado, Pedro Amaral Lopes mostrou-se entusiasmado com o projecto, cujo objectivo de promoção de profissionais qualificados para o sector é também partilhado pela APREN. O responsável sublinhou ainda as “muitas oportunidades de investimento e de criação de emprego” trazidas pelas energias renováveis e que estão “associadas ao cumprimento das metas em matéria de transição energética e de acção climática, mas exigem, ao mesmo tempo, a capacitação técnica, profissional e tecnológica das pessoas que trabalham nestes domínios”.
Segundo dados dos Censos 2021, cerca de 96 500 pessoas vivem no Alentejo Litoral, dos quais perto de 28 mil em Santiago de Cacém. Segundo a mesma fonte, 4,4 % da população residente no município alentejano estava, em 2021, inscrita no IEFP.