O empreendimento Lisbon Green Valley vai ser um bairro solar, isto é, uma comunidade de autoconsumo colectivo de energias renováveis. Apresentado como “o primeiro” do género em Portugal pela Planbelas, a iniciativa arranca em parceria com a EDP Comercial e poderá chegar às 100 moradias e edifícios até ao final de 2021.
A criação desta comunidade de energia, pioneira no sector residencial em Portugal, começou como um projecto piloto, com duas moradias, e está agora a ser alargado a todo o Lisbon Green Valley. Num bairro solar, o modelo adoptado assenta na produção local de energia através de fontes renováveis e a sua partilha na comunidade, tirando, assim, partido da entrada em vigor das regras da recente regulamentação para o autoconsumo (Decreto-lei nº 162/2019), que prevê a criação de comunidades de energia e o autoconsumo colectivo.
Segundo cálculos das duas empresas, a instalação de nove painéis solares fotovoltaicos numa moradia, cada um com 330W, num total de potência instalada de 2970W, deverá reflectir-se numa poupança estimada de 500 euros/ano, evitando-se a emissão de quase uma tonelada de CO2. Com isto, o projecto “oferece grandes benefícios também em termos de sustentabilidade, permitindo melhorar a eficiência energética dos participantes do bairro solar e uma redução substancial na geração de gases com efeito de estufa”, refere o comunicado da Planbelas.
Segundo a mesma fonte, a escolha do Lisbon Green Valley para acolher o projecto prende-se com o facto de ser “um dos empreendimentos mais sustentáveis da Europa” e também com os “objectivos estratégicos” da Planbelas e da EDP Comercial em matéria de sustentabilidade: “a Planbelas, na procura constante de soluções inovadoras sustentáveis numa lógica de redução do impacto ambiental, e a EDP Comercial com vista à implementação deste tipo de soluções energéticas em comunidade e desenvolvimento de projectos numa lógica pioneira de descarbonização”, explicam.