Com a chegada do Verão, no mês de Junho, a procura por sistemas de ar condicionado disparou 57 % e fez-se acompanhar por uma subida dos preços face ao ano anterior. Os números são da plataforma Fixando, que estima que, com as temperaturas extremas que se fazem sentir, a procura mantenha esta tendência de crescimento, ainda que a resposta esteja a ser dificultada pela falta de mão-de-obra no sector.

De acordo com a análise feita pela Fixando, uma plataforma on-line de contratação de serviços especializados de várias áreas, incluindo climatização, a mais de 2300 pedidos realizados na app durante o mês de Junho, a procura por estes equipamentos de arrefecimento aumentou 57 % face ao mês anterior, sendo que já em Maio a variação, relativamente a Abril, tinha sido na mesma ordem, de + 58 %. Em termos geográficos, o distrito de Lisboa é aquele que registou o maior número de pedidos em Junho (35 %), seguido por Porto (16 %), Setúbal (14 %), Faro (9 %) e Santarém (6 %).

Chegado o mês de Julho e perante a vaga de calor destes dias, a expectativa é a de que o ar condicionado continue a estar na lista de desejos dos portugueses e que a procura volte a subir. Alice Nunes, directora de Novos Negócios da Fixando, estima que a procura por serviços e equipamentos de climatização registe nova subida na ordem dos 56% durante o presente mês. Todavia, a falta de mão-de-obra no sector não tem permitido dar a necessária à maior procura – “No mês passado, cerca de 60 % dos pedidos para este sector não obtiveram resposta. A procura tem excedido em larga escala a capacidade de resposta destes profissionais”, explica a responsável.

Além disso, comparativamente com o ano de 2021, os preços praticados pelo sector também aumentaram – uma situação que era “expectável”, dada a inflação e o aumento dos custos de matérias-primas e de energia, refere Alice Nunes. A análise mostra que o custo da instalação dos equipamentos de ar condicionado subiu cerca de 100 euros, passando a média praticada de 355 euros em 2021 para 460 euros neste ano, sendo que, em 2020, o valor médio rondava os 350 euros. Por sua vez, a manutenção está também mais cara, com o preço médio por serviço a subir quase 22 %, de 60 para 73 euros.