O programa Act!onHeat vai apoiar 120 municípios europeus a desenvolverem um plano estratégico para a descarbonização do aquecimento e arrefecimento. Governos locais e regionais, agências de energia e urbanistas podem submeter a sua candidatura ao apoio até dia 29 de Abril.

A abertura da fase de candidaturas ao programa Act!onHeat foi anunciada, nesta terça-feira, pela rede ICLEI (Local Governments for Sustainability) Europe, um dos elementos do consórcio responsável pela iniciativa. Financiado pelo Horizonte 2020 em quase 1,5 milhões de euros, sob a secção do desafio societal para energia segura, limpa e eficiente, o Act!onHeat tem como objectivo auxiliar os municípios a iniciarem, completarem ou melhorarem um plano estratégico para o sector do aquecimento e arrefecimento.

Em concreto, o Act!onHeat irá fornecer consultadoria a nível de planeamento estratégico para a transição energética, ajudando a identificar medidas a serem implementadas com base nos softwares Hotmaps e THERMOS, bem como a nível de análise de viabilidade de projectos e de opções de financiamento. Irá ainda dinamizar acções de formação de stakeholders e diálogos e webinars, entre outras actividades. No total, a iniciativa irá apoiar pelo menos 120 municípios europeus e o desenvolvimento de 30 pré-estudos de viabilidade para projectos individuais dentro dos municípios e de uma análise de performance adicional a 15 projectos.

“O planeamento estratégico para a descarbonização requer know-how, recursos e experiência, e nem todos os municípios estão preparados igualmente para esta transição”, afirma a iniciativa. Nesse sentido, o Act!onHeat está a receber, até dia 29 de Abril, candidaturas por parte de governos locais e regionais, agências e fornecedoras de energia e urbanistas. Depois da submissão aqui, os candidatos serão seleccionados com base em critérios de necessidade, interesse e capacidade.

Lançado em Junho de 2021, o Act!onHeat é liderado pelo Instituto Fraunhofer, na Alemanha, com o apoio da rede ICLEI (Local Governments for Sustainability) Europe, bem como das entidades Eclareon (Alemanha), TU Wien e e-think (Áustria), CSE – Center for Sustainable Energy (Reino Unido) e CREARA (Espanha).

Recorde-se que o sector do aquecimento e arrefecimento é responsável por cerca de metade das necessidades energéticas na Europa, estando ainda muito dependente de combustíveis fósseis. Uma vez que muitas destas necessidades têm resposta no local, já tinha sido feito um apelo à localização de apoios e medidas. Exemplo disso é o Manifesto das Cidades para Aquecimento e Arrefecimento Livre de Combustíveis Fósseis, endereçado, em Maio do ano passado, à União Europeia.