No Centro Comercial Nova Arcada, em Braga, uma Tiny House em exposição integra produtos com matérias primas de origem renovável e recicladas e soluções para combater o desperdício de energia, água e alimentos. Trata-se de uma residência modular, com elementos construtivos que procuram ser também mais sustentáveis e flexíveis, desenvolvida pelo IKEA Braga e pelo Grupo Casais.
Na terça-feira, o IKEA Braga e o Grupo Casais, com o apoio do Centro Comercial Nova Arcada bracarense, inauguraram o projecto Tiny House, com o objectivo de “dar a conhecer soluções simples e acessíveis que promovem, a partir de casa, a adopção de uma série de comportamentos mais sustentáveis e um dia-a-dia mais amigo do planeta”. É assim que o Grupo Casais descreve, em comunicado, esta iniciativa, que inclui elementos alinhados com a sustentabilidade da construção.
A partir de uma abordagem industrializada, a Tiny House integra, na sua construção, soluções pré-construídas, o que permite alavancar, segundo o Grupo Casais, vantagens não só em termos de tempo e dinheiro nesta fase como em termos ambientais. “Algumas destas soluções têm ainda a vantagem de reduzir a pegada de carbono em mais de 60 %, por utilizarem madeira de engenharia e apenas um terço do betão de um edifício tradicional”, descreve a entidade, na sua página.
Já no próprio recheio da Tiny House, o mobiliário e os elementos decorativos também foram seleccionados considerando a questão ambiental, tendo sido dada primazia a produtos com matérias-primas de origem renovável e recicladas. Além disso, os promotores explicam que “a casa conta com soluções inovadoras e gamas de produto que permitem reduzir o consumo de água, minimizar o consumo de energia e combater o desperdício alimentar”, de que são exemplo a incorporação de painéis solares, de sistemas de reciclagem de água e de isolamento térmico eficiente.
“Este tipo de construção [Tiny House] não tem de representar um sacrifício do valor económico, mas [pode representar], sim, a criação de uma nova oportunidade de negócio, induzindo novas formas de competitividade e abrindo novas portas no mercado”, sublinhou Ricardo Rio, presidente da câmara municipal de Braga, aquando da inauguração do espaço.
Flexibilidade e multifuncionalidade
Num espaço tiny, “dar prioridade à multifuncionalidade e à flexibilidade torna-se crucial”, disse também Elisabete Marinho, Market Manager na IKEA Braga, durante o evento inaugural. Na prática, a ideia é que cada canto seja aproveitado ao máximo em termos de propósitos que possa servir e que os móveis e acessórios sejam adaptáveis para que seja possível responder às necessidades e às rotinas dos agregados familiares, explica.
Esta visão da optimização dos espaços e da sua utilização reflecte-se, ainda, posteriormente, na possibilidade de haver “transformações contínuas do interior para servir vários propósitos, minimizando a necessidade de grandes renovações”, concluiu a responsável.

Esta Tiny House está ainda dentro do âmbito do conceito de residências profissionais First Evolutionary Buildings, que, como explica o Grupo Casais, é “promovido pela SunnyCasais [e] pensado como uma combinação de sustentabilidade, conforto e segurança, que garanta a qualidade de vida a rendas acessíveis, com estúdios individuais e áreas de serviços partilhadas onde sejam possíveis também o coworking e coliving”.