Começou com uma equipa muito pequena em Portugal, mas, actualmente, o crescimento anual do Grupo Gia no país mede-se aos “dois dígitos”. Alberto Garrido, COO (chief operating officer) da empresa espanhola que representa as marcas HTW e GIATSU, contou-nos como se deu essa mudança e indicou o caminho: “consolidar a rede de distribuição”.

Como caracteriza o mercado português de climatização?
O mercado português é um mercado prioritário para nós. Pela sua proximidade geográfica, bem como pelo nosso interesse de crescimento internacional. É um mercado em desenvolvimento, no qual a climatização tem cada vez mais procura. No entanto, é muito competitivo. Tem uma dimensão menor do que o mercado espanhol, pela diferença de população, clima com menos extremos, e um poder de compra um pouco mais baixo. Isto reflecte-se na diferença de números de um mercado para o outro, mas os players de Espanha estão todos presentes em Portugal, o que tem como consequência a enorme competitividade que se encontra neste mercado.

Qual tem sido a estratégia do Grupo Gia para Portugal e como tem evoluído a vossa presença?
A nossa aposta foi no desenvolvimento de uma equipa muito profissional. Há quatro anos, a nossa presença era quase nula e, desde que iniciámos a nossa actual equipa, primeiro com Pedro Soares, que dirige a delegação, e, depois, com Luís Chedas, que dirige toda a vertente comercial, temos tido crescimentos anuais de dois dígitos. A estratégia é muito semelhante à que seguimos em Espanha. Produtos de elevada qualidade, com preços competitivos, e a oferecer um apoio técnico muito próximo, quer no pré-venda, quer no pós-venda. Usamos, como bandeira, a rapidez de resolução de questões de assistência e a quantidade de peças de substituição que temos em stock. Claro que há sempre espaço para melhorar, mas julgo que é perceptível o nosso investimento e esforço diário.

Em que medida têm dado resposta a um cliente mais exigente no que se refere ao pós-venda? Esta é uma área que vos interessa?
Como disse, é uma das áreas mais importantes. Em Outubro de 2017, passámos a gerir todo o pós-venda de Portugal a partir da nossa delegação. O responsável é o Tomás Rosa, que tem feito um trabalho notável. Claro que não seria possível sem o empenho dos técnicos com quem estamos a trabalhar. Temos uma rede com técnicos em 26 pontos do país.

“Temos um conjunto de clientes que nos garante a distribuição em todo o país, incluindo as ilhas. Neste momento, o que nos interessa é ajudar a rede já criada a crescer em cada ponto”.

Qual a relação da vossa empresa com os instaladores?
É uma relação próxima, uma vez que damos muito apoio técnico. Com formações regulares, com esclarecimentos, muitas vezes, por telefone ou e-mail, e outras em obra. Mas a nossa rede de distribuição é essencialmente através de distribuidores. Temos um conjunto de clientes que nos garante a distribuição em todo o país, incluindo as ilhas. Neste momento, o que nos interessa é ajudar a rede já criada a crescer em cada ponto.

Qual o balanço que faz do primeiro semestre de 2019?
O primeiro semestre, com um crescimento de cerca de 27 % face ao período homólogo de 2018, esteve na linha dos semestres anteriores, bem como das nossas previsões. É, sem dúvida, um balanço muito positivo.

No que se refere aos equipamentos, quais os segmentos que apresentam maior potencial de crescimento?
Estamos a apostar em equipamentos mais profissionais: no ar condicionado, nos multi-combinados e nas novas cassetes Round (de design redondo, muito interessante). Toda a gama de VRF, onde estamos a investir muito. Nas bombas de calor, modelos ECO-THERMAL (climatização e AQS – águas quentes sanitárias), bem como nas bombas com acumulador incorporado.

As exigências de eficiência e sustentabilidade para os equipamentos são cada vez maiores. Como estão a responder a essas exigências?
Todos os anos, guardamos uma percentagem alta da nossa facturação para reinvestimento em desenvolvimento. É que este desenvolvimento, além de ser um requisito legal, com restrições cada vez maiores, é um pedido do mercado em geral, que necessita de maiores eficiências para garantir o maior conforto a que estamos habitados.

Quais as expectativas para o resto de 2019?
Pretendemos consolidar a nossa rede de distribuição. Para isso, estamos a trabalhar nos gabinetes de projecto, dando informação técnica sobre os nossos produtos e explicando a estrutura que temos em Portugal para garantir um bom serviço de apoio. Este ponto é muito importante para quem projecta. Saber que não vai ter qualquer problema após a obra ser executada é crítico. Esse apoio é dado através dos nossos canais on-line, nomeadamente a nossa página de internet e correio electrónico.