Portugal necessita de adotar estratégias e soluções que permitam enfrentar a pobreza energética e a ineficiência térmica que afeta a grande maioria das famílias, de modo a dar resposta a dois dos maiores problemas do país: a falta de conforto e o elevado preço a pagar por ele. Segundo dados dos Censos de 2021, 14% das casas portuguesas têm aquecimento central e 80% precisam de melhorar o sistema de aquecimento, o que representa mais de 3 milhões de casas.

“Edifícios do Futuro” foi o tema do Congresso Internacional que decorreu esta quinta-feira, dia 6 de junho, na Universidade do Minho, em Braga. O evento contou com a participação de Altino Bessa, Vereador do Ambiente e Turismo do Município de Braga, e de Miguel Bandeira, Pró-Reitor da Universidade do Minho, além de vários especialistas e investigadores nacionais e internacionais das áreas da climatização, construção e arquitetura.

 

As famílias portuguesas têm calor no verão e passam frio no inverno: é fundamental mais sustentabilidade e eficiência para o conforto térmico ser acessível a todos:
• Apenas 14% das casas portuguesas têm aquecimento central

• 80% das habitações precisam melhorar o sistema de aquecimento (3 milhões de casas)
• 30% das casas não tem qualquer forma de aquecimento

 

Altino Bessa, Vereador do Ambiente e Turismo do Município de Braga, destacou a necessidade de se encontrar um “equilíbrio entre a sustentabilidade e o conforto, quer do ponto de vista financeiro do investimento, quer do próprio consumo energético, que terá de ser baixo”, tanto em edifícios residenciais, empresarias ou públicos.

Miguel Bandeira, Pró-Reitor da Universidade do Minho, abordou o “desígnio da sustentabilidade”, considerando que, “atualmente, se trata de uma questão central nos projetos de investigação e nas próprias empresas, incorporando a cadeia de valor das organizações”.

Em Portugal, “a literacia energética é baixíssima”, revelou Manuela Almeida, da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, sendo necessário formar e sensibilizar os cidadãos. Além disso, “o Estado tem um papel fundamental para apoiar e promover as reabilitações abrangentes e profundas que temos de fazer nos edifícios”.

Para Isabel Sarmento, Coordenadora da Comissão de Especialização em Engenharia de Climatização da Ordem dos Engenheiros, “o parque construído é enorme e é melhor apostar na renovação”.

Luís Ramos, da Giacomini Portugal, apresentou várias opções de tecnologias de climatização viáveis e elevada eficiência que podem vir a marcar o futuro, como por exemplo a tecnologia radiante. Destas, a que mais surpreendeu os participantes e criou grande interesse foi a utilização de hidrogénio como fonte de energia para a climatização de espaços de forma silenciosa, eficiente, invisível e sustentável.

“Esta foi uma iniciativa pioneira em Portugal, indo ao encontro de um problema real e que afeta centenas de famílias no nosso país”, revela Vasco Silva, Diretor Geral da Giacomini Portugal. “Os Censos de 2021 confirmam que apenas 14% das casas portuguesas têm aquecimento central. Além disso, 80% das habitações precisam de melhorar o sistema de aquecimento, ou seja, são mais de 3 milhões de casas. E 30% das casas não têm qualquer forma de aquecimento”, explica o responsável.

Promovida por duas empresas de referência nos setores da climatização, a Giacomini, com sede em Itália, e a Milei, fundada há 40 anos em Braga, a iniciativa mobilizou perto de duas centenas de profissionais com conhecimento e experiência no mercado.

A sessão decorreu no auditório B2 do Edifício 2 da Universidade do Minho.

 

O texto acima é da inteira responsabilidade das empresas/entidades em causa.
Fonte: Press Release