O SF6 é um gás sintético com efeito de estufa extremamente potente que dura milhares de anos na atmosfera – cada kg de SF6 equivale à emissão de 25.200 kg de CO2. A legislação é clara e os últimos desenvolvimentos regulamentares na União Europeia (UE) prometem dificultar a vida aos gestores de ativos, que necessitam perceber como e quando devem alterar a sua abordagem à utilização de equipamentos de média tensão que dependem do gás hexafluoreto de enxofre (SF6).

A Eaton, empresa líder na gestão inteligente de energia, lista os 5 pontos mais importantes para os gestores de ativos.

Novo regulamento sobre gases fluorados
A UE tem vindo a promover regulamentos para mitigar o impacto climático de todos os tipos de gases fluorados (F-gases) – incluindo a utilização de SF6 em equipamentos de média tensão – através da revisão dos quadros legislativos existentes. Esse processo foi concluído a 29 de janeiro de 2024, quando deu luz verde a novos regulamentos para redução gradual dos gases fluorados, em conformidade com o Acordo de Paris.

Nos próximos meses, os pormenores sobre a forma como as alterações à lei serão implementadas nos Estados-Membros da UE tornar-se-ão cada vez mais claros. Os gestores de ativos têm de começar a considerar as implicações para as suas operações.

Compreender as novas regras
A partir de janeiro de 2026, a utilização de novos equipamentos de média tensão que dependam do SF6 na categoria até 24 kV, inclusive, será proibida por lei. Seguir-se-ão proibições semelhantes para os equipamentos de SF6 com tensões mais elevadas.

É imprescindível que os gestores de ativos comecem a avaliar o seu inventário atual de equipamentos SF6. Se souberem que a necessidade de substituição é iminente – talvez porque uma instalação existente está perto do fim da sua vida útil, por exemplo – esta é uma altura adequada para a substituir por alternativas sem SF6. Olhando para o futuro, os contratos para o fornecimento de novas celas de média tensão que se estendem para além de janeiro de 2026 devem ser revistos porque, após esta data, a seleção de novos equipamentos que dependam do SF6 não será uma opção.

Roadmap
Avaliado o inventário, devem explorar alternativas sem SF6, comparar especificações técnicas, custos e benefícios. O cálculo das despesas de capital iniciais (CAPEX), das despesas operacionais (OPEX) e do custo total de propriedade (TCO) deverá estar na base de toda a estratégia.

O plano de transição deve dar prioridade às unidades com fugas e às que estão perto do fim da sua vida útil. O objetivo a longo prazo deve ser não só o de cumprir os novos regulamentos, mas também o de concretizar uma estratégia que permita colher os benefícios comerciais da transição para equipamentos sem SF6.

O manuseamento e a eliminação adequados destes produtos no final do seu ciclo de vida minimizam ainda mais o seu impacto ambiental. Esta é uma consideração que não deve ser negligenciada.

Considerações ambientais
A mudança para soluções sem SF6 garante que as empresas cumprem as obrigações regulamentares na Europa, e que desempenham um papel importante na economia circular. Trata-se de uma atividade que pode ser referenciada nas mensagens de responsabilidade social empresarial (RSE) de uma empresa para destacar o compromisso com a sustentabilidade e a inovação.

A eliminação do SF6 nas infraestruturas elétricas que suportam tecnologias renováveis, como os parques solares, é de particular importância, dado que o principal papel das energias renováveis é reduzir todos os tipos de emissões. Os gestores de ativos devem prestar especial atenção aos equipamentos de média tensão que escolhem para este tipo de tecnologia.

Escolher um caminho a seguir
A fiabilidade é primordial. É importante procurar soluções sem SF6 com historial e provas dadas, como a gama Xiria da Eaton de aparelhagens de média tensão. A capacidade de produção, juntamente com a capacidade dos fornecedores para fornecer os produtos necessários, são fatores essenciais para garantir uma transição sem problemas.

A implementação de uma estratégia para a introdução progressiva de equipamentos de média tensão sem SF6 não é apenas uma necessidade regulamentar, é uma oportunidade para os DSO na Europa investirem na inovação dos equipamentos, otimizarem a sua atividade e – de forma crucial – reduzirem o impacto ambiental das suas operações.

 

 

O texto acima é da inteira responsabilidade da empresa/entidade em causa.
Fonte: Press Release